Ter uma casa própria é bom. Lidar com os custos, nem tanto. Por isso, vale a pena saber exatamente com o que se pode contar.
Ter uma casa, seja comprada ou arrendada, traz liberdade, conforto e estabilidade. Mas também traz contas. Muitas vezes, mais do que se imagina.
Da renda ou prestação às pequenas manutenções que surgem quando menos se espera, manter uma casa envolve mais do que pagar um teto. Veja, na prática, quanto custa manter uma casa.
O valor total varia muito consoante o tipo de casa, localização, idade do imóvel, número de pessoas a viver na habitação e se há ou não crédito habitação. Ainda assim, para ter uma ideia aproximada:
De seguida, veja em detalhe cada uma das despesas, fixas e variáveis, com que se pode contar ao longo do tempo para manter uma casa.
Vamos começar pelas contas certas. Aquelas que “batem à porta” todos os meses (ou todos os anos), esteja sol ou faça chuva. E não há como fugir delas.
Se pensa comprar casa com recurso a crédito, a prestação será provavelmente a sua maior despesa mensal. Já se vive numa casa arrendada, a renda assume esse lugar. Em qualquer dos casos, é um encargo fixo que deve pesar bem no orçamento e o ideal é que não ultrapasse os 30% do rendimento mensal do agregado.
É pago anualmente por quem tem casa em nome próprio (quem arrenda não tem de se preocupar com este imposto). O valor depende do chamado Valor Patrimonial Tributário (VPT) e da taxa definida pelo município (entre 0,3% e 0,45% para imóveis urbanos). Pode ser pago de uma só vez ou em prestações, consoante o montante.
Há casos de isenção (por exemplo, famílias com baixos rendimentos ou imóveis com VPT reduzido), por isso vale a pena confirmar se tem direito.
Mais uma despesa para quem comprou casa, embora também possa ficar a cargo do inquilino, desde que isso esteja previsto no contrato de arrendamento. Se vive num prédio ou num condomínio fechado, tem de contribuir para as despesas comuns: limpeza, elevadores, manutenção de espaços exteriores, seguros, entre outros. O valor varia consoante as características do edifício e da sua fração. Além das despesas do dia a dia, existe ainda o chamado fundo de reserva, pensado para suportar obras maiores, como pinturas ou substituição de telhados.
Estes seguros podem ser pagos anualmente ou em prestações mensais.
Para além dos encargos fixos mais óbvios, há um conjunto de despesas do dia a dia que pesam no orçamento mensal. São contas que chegam todos os meses ou outras que, embora mais espaçadas, mais cedo ou mais tarde dão o ar de sua graça.
Há sempre qualquer coisa que precisa de atenção. Um cano entupido, uma parede que precisa de pintura, uma porta que range, uma janela que já não veda bem. Manutenção é um daqueles custos que, se forem feitos a tempo, evitam problemas (e despesas) maiores.
De tempos a tempos, será inevitável investir em renovações maiores. Coisas como mudar os azulejos da casa de banho, renovar a cozinha, trocar janelas, melhorar o isolamento ou, até, investir em painéis solares. Estas melhorias tornam a casa mais confortável e aumentam o valor de mercado da casa.
Quem vive numa moradia com jardim ou piscina sabe bem que o descanso tem o seu preço. Cortar a relva, tratar da piscina, limpar calçadas ou manter árvores aparadas são tarefas que exigem tempo e dinheiro, quer em produtos de manutenção, quer na contratação de alguém que trate de tudo por si.
Máquinas avariam, frigoríficos deixam de funcionar, o esquentador precisa de revisão. Mesmo os melhores equipamentos têm prazo de validade, por isso é bom ter algum fundo de maneio para estas eventualidades.
Se comprou casa como investimento para arrendar, saiba que terá de pagar:
Embora os custos façam parte do pacote, estar preparado permite desfrutar do que realmente importa: o prazer de chamar aquele espaço de lar.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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