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Como escolher o melhor banco para transferir o seu crédito habitação

08 abr 2025 | 4 min de leitura

A prestação da casa está a pesar cada vez mais? Talvez esteja na altura de mudar.

Com as prestações a aumentarem e o orçamento a ressentir-se, transferir o crédito da casa para outro banco pode ser uma forma de ganhar algum fôlego. Nesse sentido, vale a pena perceber se esta opção se adequa ao seu caso e o que deve mesmo ter em conta antes de avançar.

 

 

Quando faz sentido transferir o crédito à habitação?

Existem vários motivos que podem levar a considerar a mudança de banco. Se algum destes cenários lhe parece familiar, talvez seja a altura certa para ponderar a transferência do crédito da casa:

 

  • Prestação mensal demasiado elevada: as subidas das taxas de juro aumentaram o valor da mensalidade, comprometendo o orçamento
  • Melhores condições noutro banco: uma taxa mais baixa, um spread mais competitivo ou uma TAEG inferior podem ser mais vantajosos
  • Campanhas promocionais: alguns bancos assumem os custos da transferência ou oferecem condições especiais
  • Negociações sem sucesso com o banco atual: quando não é possível ajustar as condições do crédito em vigor
  • Mudanças na vida pessoal ou financeira: como a venda da casa, obras ou reestruturação do orçamento familiar.

 

 

O que analisar antes de mudar de banco

Já percebeu que transferir o crédito pode ser o próximo passo? Ótimo. Mas antes de avançar, há alguns pontos importantes a ter em conta - porque, na prática, está a contratar um novo empréstimo para liquidar o anterior.

 

Eis os principais pontos a considerar:

 

1. Comparação de propostas

O primeiro passo é simular propostas e comparar com atenção. Os melhores indicadores para essa análise são:

 

 

É aconselhável usar simuladores independentes, como o do Banco de Portugal, para obter uma base de comparação mais isenta.

 

 

2. Tipo de taxa de juro

A escolha entre taxa variável, fixa ou mista depende do perfil financeiro de cada pessoa e a opção deve ter em conta a tolerância ao risco e o nível de estabilidade pretendido:

 

  • Taxa variável: acompanha a Euribor e pode implicar flutuações na prestação
  • Taxa fixa: mantém a prestação constante, mas tende a ser mais elevada
  • Taxa mista: combina um período inicial com taxa fixa e, depois, variável.

 

 

3. Prazo do novo crédito

O prazo permitido varia consoante a idade do cliente. Prazos mais curtos implicam prestações mais elevadas, mas também um custo total mais reduzido ao longo do empréstimo.

 

Estas são as regras atualmente em vigor, definidas pelo Banco de Portugal, e variam consoante a idade da pessoa no momento da contratação do crédito:

 

  • Até 30 anos: até 40 anos de prazo
  • Entre 31 e 35 anos: até 37 anos
  • Mais de 35 anos: até 35 anos.

 

 

4. Custos da transferência

Transferir o crédito pode envolver:

 

 

Alguns bancos cobrem estes custos, por isso, convém confirmar se é o caso e garantir que isso fica registado por escrito.

 

 

5. Produtos associados

É comum os bancos oferecerem spreads mais baixos em troca da contratação de outros produtos, como seguros, cartões ou contas com comissões. É importante avaliar se esses produtos fazem sentido e se, no fim de contas, a poupança compensa.

 

 

6. Análise de risco

O novo banco vai pedir documentação financeira atualizada (recibos de vencimento, IRS, escritura da casa, entre outros) e consultar o histórico de crédito. Caso existam dívidas em atraso, será necessário resolvê-las antes de avançar com a transferência.

 

 

Afinal, qual é o melhor banco?

A resposta não é universal: o melhor banco será sempre aquele que oferecer as melhores condições para o perfil, objetivos e situação financeira de cada pessoa.

 

Para descobrir qual é, é essencial:

 

  • Fazer simulações com os mesmos parâmetros (montante, prazo, tipo de taxa)
  • Pedir e analisar a FINE (Ficha de Informação Normalizada Europeia)
  • Comparar TAEG, MTIC, spread e todos os custos associados
  • Avaliar campanhas promocionais e isenção de comissões
  • Ter em conta a qualidade do atendimento e a clareza na comunicação.

 

 

Transferir o crédito: sim ou não?

Se depois de avaliar todos os aspetos a conclusão for que haverá uma redução clara da prestação ou do custo total do crédito, então a resposta é sim, a transferência compensa.

 

O mais importante é assegurar que a mudança será mesmo para melhor. Com tempo, cuidado e uma boa análise, é possível poupar centenas ou até milhares de euros.

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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