finanças

Cash advance: o que é e como usar de forma responsável

02 dez 2024 | 3 min de leitura

Levantar ou transferir dinheiro para a conta à ordem com o cartão de crédito é possível, mas é preciso ter atenção.

Se estiver numa situação inesperada, em que precisa de dinheiro rápido, saiba que pode recorrer ao cartão de crédito. Como? Através do cash advance. Saiba o que é, como funciona e os cuidados a ter.

 

 

O que é o cash advance

Este é um serviço associado aos cartões de crédito que permite ao titular do cartão obter um adiantamento de dinheiro a crédito, seja através de um levantamento numa caixa ATM ou de uma transferência da conta-cartão para a conta à ordem. Na prática, trata-se de um crédito imediato, que pode revelar-se uma solução útil em momentos de urgência ou imprevistos financeiros. Mas atenção: esta operação tem custos e riscos associados que precisam ser bem compreendidos antes de ser utilizada. Conheça-os de seguida.

 

 

Como funciona?

Ao utilizar o cash advance está a retirar dinheiro do montante disponível no seu cartão até ao limite de crédito autorizado. Existem duas formas principais para usufruir deste serviço:

 

1. Levantamento em numerário: o titular do cartão pode levantar dinheiro numa caixa multibanco como se estivesse a levantar dinheiro da sua conta bancária, mas, neste caso, está a usar o crédito do cartão

 

2. Transferência para a conta à ordem: através do homebanking ou de outros canais digitais, pode transferir o montante desejado da conta associada ao cartão de crédito para a sua conta à ordem, utilizando o crédito disponível no cartão.

 

O montante retirado é posteriormente debitado no extrato do cartão, juntamente com as taxas e comissões aplicáveis.

 

 

Taxas de juro e comissões no cash advance

Embora pareça aliciante, note que este serviço não é gratuito e implica custos que variam consoante a instituição financeira. As comissões aplicadas podem incluir:

 

  • Comissão fixa por operação: um valor fixo cobrado por cada levantamento ou transferência

 

  • Percentagem sobre o valor levantado: além da comissão fixa, pode ser aplicada uma taxa percentual sobre o montante retirado

 

  • Juros: caso o valor retirado não seja pago integralmente dentro do período sem juros, serão cobrados juros sobre o saldo remanescente. Estes juros tendem a ser mais elevados do que os praticados noutros tipos de crédito.

 

Adicionalmente, pode haver comissões extra como a do levantamento a crédito e, para transações internacionais, a do processamento internacional e a taxa de conversão de moeda. Sobre todos estes valores incide ainda o Imposto do Selo, atualmente de 4%.

 

 

Cuidados a ter ao utilizar o cash advance

Embora seja uma solução útil em situações de emergência, é fundamental usá-la com cautela, já que, como vimos, pode acarretar custos significativos.

 

1. Avaliar os custos: antes de optar por esta solução, verifique os custos envolvidos no preçário do banco. Por norma, o levantamento de dinheiro na modalidade cash advance costuma ser mais caro do que a transferência bancária

 

2. Evitar uso frequente: esta operação não deve ser vista como uma fonte de rendimento regular, dados os elevados custos envolvidos. Se possível, procure alternativas mais baratas como um crédito pessoal (crédito ao consumo)

 

3. Monitorizar levantamentos: como cada levantamento implica custos fixos, é importante evitar fazer vários e de pequenos montantes, pois pagará comissões em cada um deles

 

4. Evitar o uso por engano: ao recorrer ao cartão de crédito para levantamentos, confirme se está a usar a função correta (débito ou crédito) para não ativar o cash advance sem querer

 

5. Atenção a ATMs fora da rede Multibanco: caixas ATM que não pertencem à rede Multibanco, como as da Euronet, podem assumir automaticamente a função de crédito e resultar na utilização inadvertida do cash advance.

 

 

Diferença entre cashback e cash advance

Embora tanto o cashback como o cash advance envolvam dinheiro (cash) e estejam ligados a cartões de crédito, os dois conceitos são bastante diferentes:

 

  • Cash advance: é um adiantamento de dinheiro a crédito, que implica custos elevados (comissões e juros) e deve ser usado com cuidado. O dinheiro retirado passa a fazer parte do saldo em dívida do cartão de crédito

 

  • Cashback: é um benefício oferecido por alguns cartões de crédito, segundo o qual o titular recebe de volta uma percentagem do valor gasto em compras. Não implica comissões ou custos adicionais, mas apenas alguns cartões têm esta funcionalidade.

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

O que achou deste artigo?

Queremos continuar a trazer-lhe conteúdos úteis. Diga-nos o que mais gostou.

Agradecemos a sua opinião!

A sua opinião importa. Ajude-nos a melhorar este artigo do Salto.

Salto Santander

Agradecemos o seu contributo!

Informação de tratamento de dados

O Banco Santander Totta, S.A. é o responsável pelo tratamento dos dados pessoais recolhidos.

O Banco pode ser contactado na Rua da Mesquita, 6, Centro Totta, 1070-238 Lisboa.

O Encarregado de Proteção de Dados do Banco poderá ser contactado na referida morada e através do seguinte endereço de correio eletrónico: privacidade@santander.pt.

Os dados pessoais recolhidos neste fluxo destinam-se a ser tratados para a finalidade envio de comunicações comerciais e/ou informativas pelo Santander.

O fundamento jurídico deste tratamento assenta no consentimento.

Os dados pessoais serão conservados durante 5 anos, ou por prazo mais alargado, se tal for exigido por lei ou regulamento ou se a conservação for necessária para acautelar o exercício de direitos, designadamente em sede de eventuais processos judiciais, sendo posteriormente eliminados.

Assiste, ao titular dos dados pessoais, os direitos previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados, nomeadamente o direito de solicitar ao Banco o acesso aos dados pessoais transmitidos e que lhe digam respeito, à sua retificação e, nos casos em que a lei o permita, o direito de se opor ao tratamento, à limitação do tratamento e ao seu apagamento, direitos estes que podem ser exercidos junto do responsável pelo tratamento para os contactos indicados em cima. O titular dos dados goza ainda do direito de retirar o consentimento prestado, sem que tal comprometa a licitude dos tratamentos efetuados até então.

Ao titular dos dados assiste ainda o direito de apresentar reclamações relacionadas com o incumprimento destas obrigações à Comissão Nacional da Proteção de Dados, por correio postal, para a morada Av. D. Carlos I, 134 - 1.º, 1200-651 Lisboa, ou, por correio eletrónico, para geral@cnpd.pt (mais informações em https://www.cnpd.pt/).

Para mais informação pode consultar a nossa política de privacidade (https://www.santander.pt/politica-privacidade).