Levantar ou transferir dinheiro para a conta à ordem com o cartão de crédito é possível, mas é preciso ter atenção.
Se estiver numa situação inesperada, em que precisa de dinheiro rápido, saiba que pode recorrer ao cartão de crédito. Como? Através do cash advance. Saiba o que é, como funciona e os cuidados a ter.
Este é um serviço associado aos cartões de crédito que permite ao titular do cartão obter um adiantamento de dinheiro a crédito, seja através de um levantamento numa caixa ATM ou de uma transferência da conta-cartão para a conta à ordem. Na prática, trata-se de um crédito imediato, que pode revelar-se uma solução útil em momentos de urgência ou imprevistos financeiros. Mas atenção: esta operação tem custos e riscos associados que precisam ser bem compreendidos antes de ser utilizada. Conheça-os de seguida.
Ao utilizar o cash advance está a retirar dinheiro do montante disponível no seu cartão até ao limite de crédito autorizado. Existem duas formas principais para usufruir deste serviço:
1. Levantamento em numerário: o titular do cartão pode levantar dinheiro numa caixa multibanco como se estivesse a levantar dinheiro da sua conta bancária, mas, neste caso, está a usar o crédito do cartão
2. Transferência para a conta à ordem: através do homebanking ou de outros canais digitais, pode transferir o montante desejado da conta associada ao cartão de crédito para a sua conta à ordem, utilizando o crédito disponível no cartão.
O montante retirado é posteriormente debitado no extrato do cartão, juntamente com as taxas e comissões aplicáveis.
Embora pareça aliciante, note que este serviço não é gratuito e implica custos que variam consoante a instituição financeira. As comissões aplicadas podem incluir:
Adicionalmente, pode haver comissões extra como a do levantamento a crédito e, para transações internacionais, a do processamento internacional e a taxa de conversão de moeda. Sobre todos estes valores incide ainda o Imposto do Selo, atualmente de 4%.
Embora seja uma solução útil em situações de emergência, é fundamental usá-la com cautela, já que, como vimos, pode acarretar custos significativos.
1. Avaliar os custos: antes de optar por esta solução, verifique os custos envolvidos no preçário do banco. Por norma, o levantamento de dinheiro na modalidade cash advance costuma ser mais caro do que a transferência bancária
2. Evitar uso frequente: esta operação não deve ser vista como uma fonte de rendimento regular, dados os elevados custos envolvidos. Se possível, procure alternativas mais baratas como um crédito pessoal (crédito ao consumo)
3. Monitorizar levantamentos: como cada levantamento implica custos fixos, é importante evitar fazer vários e de pequenos montantes, pois pagará comissões em cada um deles
4. Evitar o uso por engano: ao recorrer ao cartão de crédito para levantamentos, confirme se está a usar a função correta (débito ou crédito) para não ativar o cash advance sem querer
5. Atenção a ATMs fora da rede Multibanco: caixas ATM que não pertencem à rede Multibanco, como as da Euronet, podem assumir automaticamente a função de crédito e resultar na utilização inadvertida do cash advance.
Embora tanto o cashback como o cash advance envolvam dinheiro (cash) e estejam ligados a cartões de crédito, os dois conceitos são bastante diferentes:
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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