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Saiba quanto pode pedir de crédito à habitação

11 abr 2025 | 3 min de leitura

Vai comprar casa e não sabe quanto pode pedir ao banco? Veja o que influencia o valor do crédito habitação e até quanto pode pedir

Aquele que é um dos maiores passos da vida, pode ser igualmente um dos mais assustadores. E uma das perguntas que mais nos colocamos, nesta fase, é: “quanto é que será que o banco me empresta?” A resposta não é direta, mas há forma de perceber até onde se pode ir.

 

 

O que influencia o valor do crédito habitação?

À pergunta “quanto posso pedir de crédito habitação?” respondemos-lhe já que não há um valor fixo igual para todos. Cada caso é um caso e o montante que pode pedir depende de vários fatores. Os principais são:

 

  • Rendimento mensal: quanto maior for, maior será a capacidade de pagar as prestações. E isso pode traduzir-se num crédito mais elevado
  • Taxa de esforço: os bancos calculam que não deve gastar mais de 50% do seu rendimento líquido mensal em créditos (incluindo o crédito habitação) e essa percentagem é chamada taxa de esforço
  • Valor da casa: os bancos não emprestam 100% do valor. Regra geral, financiam até 90% no caso de primeira habitação e até 80% no caso de segunda habitação
  • Idade: o prazo do crédito depende da sua idade. Quanto mais novo for, maior o prazo possível, e prestações mais baixas
  • Outros créditos e histórico bancário: se já tiver outros empréstimos ou um histórico de incumprimentos, isso pode reduzir a margem de financiamento.

 

 

Então, existe um limite?

Sim, embora não seja um teto absoluto. O Banco de Portugal definiu recomendações para proteger os consumidores (e os bancos). Aqui estão os principais limites a ter em conta:

 

  • LTV (Loan-to-Value): o banco empresta até 90% do valor da avaliação ou da escritura (o mais baixo dos dois), se for primeira habitação. Para segundas habitações ou imóveis para investimento, o máximo é 80%
  • DSTI (Debt Service-to-Income): é o tal rácio que define a percentagem do rendimento que pode ser usada para pagar créditos. Regra geral, não deve ultrapassar os 50%, embora em alguns casos específicos possa ir até 60%
  • Prazo máximo: depende da sua idade. Até aos 30 anos, pode ir até 40 anos de prazo. A partir dos 36, o máximo é de 35 anos. E o contrato tem de terminar antes dos 75 anos de idade.

 

 

Porque é que usar um simulador é tão importante?

Antes de dar qualquer passo, é fundamental perceber quanto pode pedir ao banco para comprar casa. E a melhor forma de começar é mesmo com um simulador.

 

Um bom simulador para este efeito deve pedir-lhe informações como:

 

  • A sua idade (ou a idade do titular mais velho)
  • Os rendimentos líquidos mensais do agregado familiar
  • Se tem outros créditos em curso
  • Qual o montante disponível para dar de entrada
  • A finalidade da casa (1.ª ou 2.ª habitação)
  • E a localização do imóvel.

 

Com estes dados, consegue-se estimar com alguma precisão o valor máximo que pode pedir emprestado, tendo em conta a taxa de esforço recomendada e os limites de financiamento impostos pelos bancos.

 

Mas há outro ponto importante: não basta saber o valor que o banco pode emprestar, é preciso garantir que o valor da prestação cabe no seu orçamento mensal. O simulador de crédito habitação do Santander permite-lhe testar diferentes cenários ao introduzir dados como:

 

  • O preço da casa
  • O tipo de habitação (1.ª ou 2.ª)
  • A localização
  • O número de titulares
  • E o tipo de taxa (fixa, variável ou mista).

 

Com base nestas informações, pode ver logo qual será o valor da prestação mensal e perceber se está confortável com esse encargo.

 

 

Utilizar o simulador é uma excelente forma de começar a planear a compra da casa, testar opções e perceber o impacto no dia a dia. Porque pedir crédito habitação é mais do que fazer contas - é garantir que o passo que está prestes a dar é mesmo sustentável.

 

 

E se o valor do crédito não chegar?

É frustrante, mas acontece. Descobre a casa ideal, faz contas, e depois o banco diz que não empresta o suficiente. Quando isso acontece, é uma dor de cabeça, sabemos, mas há formas de contornar a situação:

 

  • Aumentar a entrada inicial: quanto mais conseguir poupar antes, menor será o montante a pedir ao banco e poderá negociar melhores condições
  • Reduzir ou acabar com outros créditos: isso melhora a sua taxa de esforço e pode aumentar a capacidade de endividamento
  • Negociar melhor com os bancos: nem todos oferecem o mesmo. Vale a pena comparar propostas
  • Melhorar o histórico de crédito: pequenas mudanças no comportamento financeiro podem fazer diferença (pagar sempre as prestações a tempo, evitar entrar em incumprimento ou reduzir o uso do cartão de crédito).

 

Uma coisa é certa: quanto mais preparado estiver, melhor. Não se trata apenas de saber quanto o banco pode emprestar, mas de perceber se consegue aguentar esse compromisso a longo prazo.

 

Por isso, o melhor caminho é este: usar um simulador, conhecer os seus números e planear bem antes de dar o passo. Comprar casa é uma decisão grande e, para muitos, única. Vale a pena fazê-la com os pés bem assentes na terra.

 

Se ainda tiver dúvidas, simule, informe-se e, se necessário, fale com um especialista. Mais vale investir tempo agora do que arrepender-se depois.

 

 

 

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