Ter uma casa à medida, mais rápida de construir e com um custo mais controlado já não é apenas uma ideia bonita, é uma possibilidade real com as casas pré-fabricadas cada vez mais populares.
A ideia de ter uma casa própria está cada vez mais próxima para quem procura soluções económicas, rápidas e sustentáveis. As casas pré-fabricadas são um bom exemplo disso: ganharam terreno em Portugal e já não são sinónimo de estruturas provisórias ou pouco confortáveis. Pelo contrário, são hoje uma alternativa moderna e viável à construção tradicional e que prometem mudar a forma como se pensa o “lar”.
As casas pré-fabricadas são construções feitas, total ou parcialmente, em fábrica, com processos industriais mais controlados e eficientes do que a construção tradicional. Depois de prontas, são transportadas para o terreno onde serão montadas e finalizadas.
Existem dois tipos principais dentro deste universo:
Ambas são consideradas casas pré-fabricadas, mas diferenciam-se na forma como são transportadas e montadas. Mais à frente explicamos essa diferença com mais detalhe.
O preço, claro, vai depender de muitos fatores: materiais, tamanho, empresa contratada, nível de personalização, mas, para ter uma ideia:
Ou seja, uma casa com cerca de 100m² pode ficar entre por mais de 200.000 euros, consoante o nível de acabamentos e os custos associados ao terreno.
Importa lembrar que, além da casa em si, há que contar com vários custos adicionais, como:
Note que estes valores são apenas estimativas médias, com base em vários exemplos disponíveis no mercado. Servem apenas para ajudar a ter uma noção geral dos custos envolvidos.
Apesar das diferenças na forma como são construídas, as casas pré-fabricadas estão sujeitas às mesmas regras legais que as casas tradicionais. Significa que, para comprar ou construir uma casa pré-fabricada, não se consegue fugir à burocracia e há procedimentos obrigatórios que têm de ser cumpridos.
Eis o que é necessário garantir:
A somar a isto tudo, o terreno tem de ser legalmente apto para construção: estar fora de zonas protegidas, como a Rede Agrícola Nacional (RAN) ou a Rede Ecológica Nacional (REN), e ter acesso a infraestruturas como água, esgotos, eletricidade e acessos rodoviários. Para melhor qualificar o terreno, deve ser consultado o Plano Diretor Municipal do município onde o terreno se situa, uma vez que é o mesmo que qualifica o solo do terreno.
Ou seja, mesmo que a casa chegue pronta (ou quase pronta), o processo legal segue os mesmos passos. Não há “atalhos”. Mas, se tudo for feito com acompanhamento técnico adequado, também não há grandes complicações.
Apesar de, por vezes, haver anúncios que sugerem a dispensa de licenciamento para casas móveis ou pré-fabricadas, isso pode não ser verdade. De acordo com o Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), alterado pelo Decreto-Lei n.º 10/2024, de 08 de janeiro, qualquer estrutura destinada a habitação que esteja ligada ao solo - mesmo que assente sobre rodas, fundações leves ou estruturas metálicas - é considerada uma edificação e está sujeita a licenciamento camarário.
Significa que, mesmo que a casa possa ser desmontada ou mudada de local, o facto de ser utilizada para fins habitacionais (com ligações à água ou eletricidade) e com alguma permanência, obriga quase sempre à obtenção de licenças. Para evitar problemas legais, o ideal é contactar sempre a câmara municipal do local onde pretende instalar a casa e esclarecer todos os requisitos antes de avançar.
Atualmente, o financiamento para casas pré-fabricadas ainda não é tão comum como para construções tradicionais, e as taxas aplicáveis ao crédito são mais elevadas e com prazos de pagamento mais curtos. Contudo, é possível, em alguns casos, recorrer ao crédito à habitação, desde que a casa esteja legalmente registada, licenciada e construída num terreno autorizado.
Em alternativa, pode recorrer-se a crédito pessoal, embora este tipo de financiamento apresente, regra geral, juros mais elevados e prazos de pagamento mais curtos.
De forma geral, para conseguir financiamento para uma casa pré-fabricada, é necessário:
Antes de avançar, é aconselhável simular várias opções de crédito e comparar condições, para perceber qual se ajusta melhor às necessidades do projeto e ao orçamento disponível.
Ainda assim, há alguns pontos menos positivos a considerar:
Vai tudo depender do que procura. Se valoriza rapidez, eficiência, menor impacto ambiental e tem um orçamento mais apertado (ou controlado), pode ser uma excelente solução. Mas é importante entrar no processo com os pés bem assentes na terra: há custos ocultos, burocracia a tratar e decisões a tomar com calma.
Se, por outro lado, procura uma casa mais personalizada, com maior liberdade de construção, ou deseja aceder mais facilmente a crédito com condições competitivas, talvez valha a pena considerar a construção tradicional ou a compra de um imóvel pronto a habitar - onde o crédito à habitação convencional continua a oferecer mais vantagens e flexibilidade.
Independentemente do tipo de casa, é essencial escolher uma empresa certificada, com boas avaliações e experiência comprovada, para garantir segurança, qualidade e apoio ao longo do processo.
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