Procurar casa tornou-se um desafio? Talvez a solução esteja onde menos se espera. As casas de madeira estão a conquistar cada vez mais portugueses, mas será que há razão?
Procurar uma casa para viver já não é só uma questão de localização ou número de quartos. Hoje, a equação inclui também o preço, a rapidez de construção, a sustentabilidade e, claro, a qualidade de vida.
É neste contexto que as casas de madeira têm vindo a ganhar destaque em Portugal: mais acessíveis, mais rápidas de construir e cada vez mais modernas, estão a deixar de ser apenas uma solução de férias para se tornarem verdadeiras alternativas à construção tradicional. Mas será que faz sentido para quem procura uma casa permanente? Quanto custam afinal? E será que compensa a longo prazo?
Tal como em qualquer tipo de habitação, o preço vai sempre depender de vários fatores: área, tipologia, acabamentos, empresa escolhida e até da localização do terreno. Mas para ter uma ideia geral:
Além do valor da casa em si, há outras despesas importantes a considerar ao longo do processo. Abaixo, ficam alguns custos médios associados à construção legal de uma casa de madeira. Valores meramente indicativos, que podem variar conforme o município, empresa contratada ou características do terreno:
Mesmo com todos estes custos, no fim das contas, uma casa de madeira pode representar uma poupança entre 30% a 60% quando comparada com a construção tradicional em alvenaria.
Construir em madeira custa menos. Simples assim. A madeira é mais barata que o betão e o facto de ser tudo pré-fabricado em fábrica reduz o tempo, o trabalho e os imprevistos da construção.
Enquanto uma casa tradicional pode demorar mais de um ano, uma casa de madeira pode estar pronta em menos de três meses. Algumas empresas entregam casas pequenas em apenas 20 dias!
No verão, são frescas. No inverno, são quentinhas. A madeira é um ótimo isolante natural. E como também ajuda a regular a humidade e a filtrar o ar, o conforto é garantido - tanto para o corpo como para a saúde.
Quer mais um quarto? Um escritório? Dá para acrescentar módulos e fazer alterações sem grandes complicações. Há modelos base, mas quase todas as empresas adaptam ao gosto do cliente.
A madeira é um material ecológico, reciclável e com menor pegada ambiental. Menos emissões na construção, mais eficiência energética no dia a dia. E, claro, um visual mais harmonioso com a natureza.
Uma casa de madeira transmite logo aquele "aconchego" que tantas pessoas procuram. E não se pense que são todas rústicas – hoje há casas modernas e cheias de estilo feitas em madeira!
Tal como tudo, também há pontos menos positivos que vale a pena considerar:
Sim. Apesar de serem pré-fabricadas e parecerem mais “simples”, as casas de madeira estão sujeitas ao regime de licenciamento urbanístico, tal como qualquer outra construção destinada a habitação.
Segundo o Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), já alterado pelo Decreto-Lei n.º 10/2024, de 08 de janeiro, uma casa modular ou pré-fabricada é considerada uma obra de construção desde que:
Ou seja, mesmo que a estrutura seja desmontável, o simples facto de estar colocada num terreno com finalidade habitacional e assente de forma estável implica a obtenção de licenciamento camarário antes da montagem.
O que precisa de ter em conta:
Dica extra: algumas empresas especializadas em casas de madeira acompanham todo o processo de licenciamento, ajudando com a burocracia e os pedidos junto da autarquia. Se não tem tempo (ou paciência), pode ser uma ajuda valiosa.
Embora existam opções de financiamento para casas de madeira, é importante verificar com cada instituição bancária quais os produtos disponíveis. Algumas soluções podem passar por crédito pessoal, especialmente em projetos de menor dimensão.
O mais importante é fazer contas a todos os custos envolvidos, desde a casa, terreno, licenças, acabamentos, seguros, e perceber qual a melhor forma de os suportar com segurança.
São inegavelmente mais económicas, mais rápidas, mais ecológicas e, acima de tudo, adaptadas à nova realidade de quem quer fugir da cidade e viver com mais calma e qualidade de vida.
Ainda assim, a ideia de manutenção frequente e o risco de incêndio, dado o historial do nosso solarengo país, deixam muitos hesitantes. Se for o seu caso, recomendamos explorar outras soluções de habitação modular com menos exigências a nível de conservação.
E se estiver mesmo a pensar avançar com a compra ou construção da sua casa – seja em madeira ou não – o melhor é mesmo fazer uma simulação de crédito habitação e perceber quanto pode investir com segurança.
Em suma, as casas de madeira são uma resposta moderna a um mercado que pede mais agilidade, eficiência e sustentabilidade. Não serão a escolha certa para todos, mas, para muitos, podem ser o ponto de partida para uma nova forma de viver.
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