Costuma experienciar queda de cabelo? Saiba o que é a alopecia feminina, quais as causas e que tratamentos existem.
Entre 6 a 38% das mulheres têm queda de cabelo (alopecia) em algum momento das suas vidas, segundo um estudo publicado no British Journal of Dermatology. Os sintomas podem começar na adolescência, mas agravam-se com a idade, principalmente após a menopausa. A alopecia feminina pode afetar gravemente o bem-estar emocional e a qualidade de vida da mulher.
O principal tipo de queda de cabelo nas mulheres é o mesmo que nos homens: alopecia androgenética. Porém, nos homens a perda de cabelo começa acima das têmporas, podendo evoluir para a calvície. Nas mulheres, a alopecia androgenética começa com um afinamento gradual na linha divisória, seguido por uma perda de cabelo difusa. Ao contrário dos homens, as mulheres raramente ficam carecas.
Existem muitas causas potenciais de perda de cabelo em mulheres, incluindo:
Se notar uma perda de cabelo acentuada, é importante consultar um dermatologista para determinar a causa e poder iniciar o tratamento adequado.
A alopecia é definida como perda de pelos do corpo. Geralmente, as alopecias são um problema por motivos cosméticos e psicológicos, mas podem ser também sinais importantes de doença sistémica.
Na maior parte das vezes, a alopecia é temporária e o crescimento do cabelo retoma a normalidade passado algum tempo. Acontece, por exemplo, dois ou três meses após o parto ou poucos meses depois de uma doença grave que tenha provocado febres prolongadas. Também pode surgir após algumas perturbações hormonais ou certos tratamentos, como a quimioterapia.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, existem os seguintes tipos de alopecia:
É a perda de cabelo causada por fatores genéticos. É o tipo de alopecia mais comum e afeta principalmente os homens, apesar de também se manifestar nas mulheres. No sexo masculino a perda de cabelo acontece, sobretudo, na região das têmporas (as “entradas”) ou no cimo da cabeça. Na mulher afeta as zonas centrais do couro cabeludo.
Na mulher, se a redução capilar for relevante ou se existirem outros sinais de disfunção hormonal (acne, excesso de pelos, pele oleosa e irregularidades no ciclo menstrual), pode ser justificado um estudo hormonal.
É um tipo de alopecia que se deve a alterações do ciclo de crescimento e renovação do cabelo. As causas mais comuns para este tipo de queda de cabelo são o emagrecimento rápido, stress, medicamentos, alterações hormonais (pós-parto ou patologia da tiróide, por exemplo), tumores, infeções, anemias, deficiências nutricionais ou doenças inflamatórias diversas.
É uma interrupção súbita da fase de crescimento folicular provocada por alguns medicamentos, intoxicações e quimioterapia.
É uma doença dermatológica autoimune caracterizada, mais habitualmente, por áreas localizadas de perda de cabelo ou pelo, sem destruição dos folículos. A alopecia areata costuma localizar-se no couro cabeludo, mas também pode surgir na barba e, nas formas mais agressivas, pode chegar às sobrancelhas e pestanas. Raramente evolui para a perda total de cabelo ou dos pelos do corpo.
Mais comum nas crianças, trata-se de uma infeção fúngica do couro cabeludo que pode provocar áreas de perda de cabelo. Nestes casos, a pele acusa outros sinais, como descamação, restos de cabelos no seu interior ou pontos negros que correspondem a restos de cabelos infetados que estão inclusos no folículo. Estas infeções são contagiosas, mas podem ser curadas com tratamento oral.
Acontece quando os folículos pilosos são permanentemente destruídos devido a infeção, tração, trauma ou tumor do couro cabeludo ou em dermatoses inflamatórias. Nestas doenças inflamatórias do próprio folículo deve realizar-se uma biópsia de pele e análises sanguíneas, que poderão ajudar ao diagnóstico. Nestes casos utilizam-se tratamentos locais e orais que podem travar ou reduzir o avanço da doença se utilizados no seu início.
Os tratamentos para a alopecia feminina podem variar de acordo com cada caso e devem sempre ser prescritos por um médico. O tratamento mais habitual é feito com medicamentos de aplicação local ou administrados por via oral, que ajudam a prolongar a fase de crescimento e aumentar a produção de cabelos pelos folículos pilosos.
No caso da alopecia androgenética feminina, quando os cabelos caem, normalmente já não voltam a crescer, portanto o tratamento apenas atrasa ou trava o desenvolvimento da doença. Quanto mais cedo começar, mais eficaz este poderá ser. Neste caso, apenas o transplante capilar permite o repovoamento do couro cabeludo.
Relembramos a importância de consultar um dermatologista da sua confiança. Se tem um seguro de saúde, pode marcar uma consulta e encontrar a ajuda de que necessita.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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