Sente a pele a escamar, com lesões vermelhas e comichão? Saiba o que é a psoríase, como se manifesta e o que pode fazer para controlar os sintomas.
A pele é o maior órgão do corpo humano. Mede em média dois metros quadrados e pesa, aproximadamente, quatro quilos. É essencial para a vida humana, pois atua como barreira protetora contra agentes patogénicos do meio ambiente, como bactérias ou vírus. É, ainda, responsável por funções essenciais como:
No entanto, a pele pode ser alvo de inúmeras doenças específicas, que podem ser bastante incómodas, dolorosas e afetar a autoestima. Neste artigo, iremos explicar o que é a psoríase, quais os sintomas e principais características desta doença que atinge entre 2 a 3% da população.
É uma doença inflamatória crónica do foro imunológico, que se manifesta principalmente na pele. Segundo a Associação Portuguesa da Psoríase (ASP), estima-se que afeta cerca de 250 mil portugueses e, apesar de poder aparecer em qualquer idade, é mais frequente entre os 20 - 30 anos e os 50 - 60 anos.
Para além do desconforto físico que causa, os doentes podem sofrer de distintas comorbilidades. Sendo, por isso, considerada uma doença com impacto que vai além da pele. Está associada a uma grande diminuição da qualidade de vida dos doentes e famílias.
Como começa a psoríase? Quando procurar ajuda? As lesões espessas, vermelhas e descamativas, podem surgir em distintos lugares do corpo, sendo as zonas mais frequentemente: os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Contudo pode afetar outras áreas.
Deve prestar atenção aos seguintes sinais e sintomas:
Estes dois últimos sintomas são mais raros, afetando cerca de 10 a 30% dos doentes que desenvolvem Artrite Psoriática.
A psoríase é uma doença subvalorizada e subdiagnosticada, pelo que é fundamental que, aos primeiros sinais, se dirija a um dermatologista ou médico de família, para que haja um diagnóstico próprio e um tratamento adequado à condição.
Existem diferentes tipos desta doença de pele. Estima-se que aproximadamente 80% dos doentes têm formas ligeiras, como a psoríase em placas, e 20% têm formas moderadas a graves, que afetam mais de 10% da superfície corporal.
É a forma mais comum e causa lesões vermelhas, com relevo e cobertas por escamas prateadas. Pode, ainda, causar prurido. Pode afetar qualquer área do corpo, mas incide sobretudo nos cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo.
Afeta os dedos e as unhas das mãos e dos pés. Pode fazer com que a unha cresça de forma anormal, engrosse e escame.
Caracteriza-se pela presença de inflamação de uma ou mais articulações (artrite). Afeta, sobretudo, as articulações dos dedos das mãos e dos pés e a coluna vertebral.
É uma forma generalizada, em que toda a superfície corporal adquire um aspeto vermelho e inflamado. Este tipo de psoríase é grave, devido ao risco associado de desenvolvimento de complicações.
Costuma surgir de forma súbita, através do aparecimento de manchas pequenas e dispersas no tronco como se fossem gotas de chuva. É menos frequente - afeta sobretudo crianças e jovens - e pode desaparecer definitivamente após o primeiro episódio ou evoluir para uma psoríase em placas.
É caracterizada pela presença de pústulas (bolhas com pus) presentes na superfície da pele. Este tipo de psoríase é doloroso, podendo causar mal estar e febre.
Neste tipo, as lesões cutâneas surgem em zonas pouco comuns, como as axilas, virilhas e região infra mamária.
A psoríase é uma doença de pele não contagiosa, que surge devido a uma rápida reprodução e proliferação das células da pele. É, no entanto, crónica e ainda não tem cura.
Pode ter uma origem genética. No entanto, “o facto de ser geneticamente determinada não implica que a hereditariedade de pais para filhos seja obrigatória”, pode ler-se no site da ASP. Contudo, “verifica-se uma maior probabilidade de aparecimento da doença em pessoas que tenham familiares portadores da mesma", conclui o mesmo site.
As causas da doença ainda são desconhecidas. Mas sabe-se que pode surgir devido a interações de fatores genéticos, ambientais e autoimunes.
Outros fatores que podem desencadear a doença:
Embora não tenha cura, existem tratamentos que permitem controlar os sintomas. O tratamento para a psoríase deve ser personalizado e as terapêuticas ajustadas consoante as especificidades de cada doente. O tratamentos podem realizado através de:
Reforçamos que os tratamentos podem produzir efeitos secundários, pelo que a sua utilização deve ser sempre realizada sob controlo de um dermatologista ou médico de família.
Este artigo foi sujeito a revisão técnica. Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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