finanças

Como funcionam os juros nos depósitos a prazo?

08 jan 2024 | 6 min de leitura

Está a pensar investir as suas poupanças num produto seguro? Saiba como funcionam os juros nos depósitos a prazo.

senhora sentada no sofá com tablet na mão e cartão bancário

Um depósito a prazo é um produto bancário que pressupõe a entrega de fundos a uma instituição financeira, que, por sua vez, fica obrigada a restituir esse valor ao cliente no final do período acordado, acrescido do pagamento de uma remuneração, designada de juro.

 

Se está a pensar colocar as suas poupanças num depósito a prazo, saiba como funcionam as taxas de juro.

 

 

Quais as vantagens dos depósitos a prazo?

Os depósitos a prazo são instrumentos financeiros para colocar o seu dinheiro num local seguro. São ideais para aforradores que desejem proteger uma parte das suas poupanças num produto com capital garantido, ao mesmo tempo que assegura uma remuneração.

 

Nos últimos meses as taxas de juro dos depósitos a prazo têm vindo a subir e, neste momento, muitos destes produtos já asseguram uma remuneração superior à dos Certificados de Aforro.

 

 

Taxas de juro: como funciona a remuneração dos depósitos a prazo?

Se pretende subscrever um depósito a prazo é importante perceber como funciona a remuneração, que pode variar consoante o tipo de produto em causa (mais ou menos complexo). Assim:

 

  • Depósitos simples: são remunerados a taxas fixas ou indexadas a variáveis do mercado monetário, como a Euribor

 

  • Depósitos estruturados: têm remuneração dependente da evolução de outras variáveis (ex: taxas de câmbio ou ações).

 

No caso dos depósitos simples, a taxa de juro é a remuneração paga pelas instituições financeiras aos titulares de contas de depósito, como contrapartida para depositarem o seu dinheiro. O seu valor é conhecido no momento de contratualização do produto. Já a remuneração dos depósitos estruturados apenas é calculada no final do prazo, depois de conhecida a evolução dos instrumentos financeiros ou variáveis económicas ou financeiras a que estão associados.

 

Na generalidade dos casos, os depósitos comercializados pelas instituições financeiras são simples, ou seja, remunerados a taxa fixa ou a taxa variável.

 

Taxa de juro fixa ou variável

Caso o depósito seja remunerado com a taxa fixa, o valor da taxa de juro é conhecido no momento da contratação e mantém-se inalterado ao longo da vida da aplicação. Já nos depósitos simples com taxa variável, o valor da remuneração do depósito depende de forma direta da evolução de um indexante de mercado monetário, como a Euribor.

 

Taxa de juro simples ou composta

Outra das características importantes das taxas de juro dos depósitos a prazo é que podem ser simples ou compostas:

 

  • Taxa de juro simples. Aplica-se aos depósitos a prazo sem capitalização de juros, ou seja, cujo montante se mantém constante ao longo do tempo e que os juros são depositados na conta à ordem do aforrador.

 

  • Taxa de juro composta. Aplica-se aos depósitos a prazo com capitalização de juros, ou seja, cujos juros obtidos em cada período são adicionados ao capital inicial, constituindo novo capital, que também será remunerado.

 

Enquanto o juro simples cresce proporcionalmente com o tempo, o juro composto cresce mais do que proporcionalmente com o tempo. Se pretende explorar melhor este tema, conheça a diferença entre juros simples e compostos e como funciona a capitalização de juros.

 

Como comparar taxas de juro dos depósitos a prazo?

Para escolher o depósito a prazo com melhor remuneração é importante comparar as taxas de juro. Nomeadamente:

 

  • Taxa Anual Nominal Bruta (TANB). Aplica-se aos depósitos com taxa de juro simples. Expressa a remuneração do depósito em termos anuais, sem considerar o imposto que incide sobre os juros

 

  • Taxa Anual Nominal Líquida (TANL). Equivalente à TANB deduzida do imposto que incide sobre os juros (28%)

 

  • Taxa Anual Efetiva (TAE). Aplica-se aos depósitos com taxa de juro composta. É a remuneração anual do depósito já considerando o efeito da capitalização de juros, sem incluir o imposto

 

  • Taxa Anual Efetiva Líquida (TAEL). Equivale à TAE deduzida do imposto que incide sobre os juros.

 

 

Como se calculam as taxas de juro dos depósitos a prazo?

As variáveis a ter em conta são o capital, a taxa de juro e o prazo do depósito.

 

Taxa de juro simples

A fórmula a seguir é seguinte:

 

Juro simples = montante investido x taxa de juro x período de tempo

 

Por exemplo, se investir 2.000 euros num depósito com o prazo de um ano, TANB de 3% e que pague juros trimestralmente, o cálculo que terá de fazer é o seguinte:

 

2.000€ x 0,03 x (90/360)= 15 euros

 

Tal significa que, a cada três meses, receberia na conta à ordem 15 euros e, no final do ano, o depósito renderia 60 euros em juros. No entanto, este é o valor bruto, sem contabilizar o imposto que incide sobre os juros. Assim, o próximo passo é retirar o imposto devido (28%):

 

15€ x 72% = 10,8 euros

 

Ou seja, o valor que efetivamente recebe a cada três meses é 10,8 euros. No final do ano, o depósito rende 43,2 euros.

 

Taxa de juro composta

Se o depósito tiver juros compostos, significa que os juros que recebe em cada período são somados ao capital inicial. Obtêm-se, assim, juros sobre juros e a sua poupança aumenta sem esforço.

 

Por exemplo, se investir os mesmos 2.000 euros num produto com condições idênticas ao exemplo anterior, mas com capitalização, os juros a receber são superiores. Senão veja:

  Valor investido Juro bruto Juro líquido
1.º trimestre 2.000€ 15€ 10,80€
2.º trimestre 2.015€ 15,08€ 10,86€
3.º trimestre 2.030,11€ 15,19€ 10,94€
4.º trimestre 2.045,34€ 15,31€ 11,02€
Total 2.060,68€ 60,58€ 43,62€

 

Como comparar depósitos a prazo?

Existem depósitos com objetivos diversos. Para comparar e escolher o produto mais adequado à sua situação, deve olhar com atenção para a FIN (ficha de informação normalizada). Além da taxa de juro, existem outros aspetos essenciais que deve considerar:

 

  • Montante. É importante saber se existe um montante mínimo ou máximo de constituição do depósito

 

  • Prazo. Verifique as datas de início e de vencimento do capital aplicado

 

  • Mobilização. Existem “depósitos não mobilizáveis antecipadamente” que não permitem que movimente os fundos antes do final do prazo. Outros permitem-no, normalmente mediante penalização nos juros corridos. Confirme se pode movimentar os fundos antes do vencimento do depósito e em que condições

 

  • Renovação. Confirme se o depósito é renovado no final e, se sim, se esta é uma opção vantajosa para si. Por exemplo, nesse momento podem existir outros depósitos a prazo com taxas de juro superiores

 

  • Entregas adicionais. Se pretende fazer a sua poupança crescer, é importante escolher um depósito que permita reforços. Caso permita, veja em que datas e qual a remuneração aplicada aos reforços

 

  • Moeda. Caso não seja o euro, os montantes depositados estão apenas garantidos na moeda estrangeira. Uma depreciação da moeda estrangeira entre a constituição e o vencimento do depósito pode originar perdas.

 

Quer começar a poupar? Conheça os depósitos a prazo do Santander, adequados a diferentes fases da sua vida.

 

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

O que achou deste artigo?

Queremos continuar a trazer-lhe conteúdos úteis. Diga-nos o que mais gostou.

Agradecemos a sua opinião!

A sua opinião importa. Ajude-nos a melhorar este artigo do Salto.

Salto Santander

Agradecemos o seu contributo!

Poupar para ganhar

Faça da poupança o seu melhor aliado: pequenos gestos, grandes conquistas.

Dê um salto nas suas finanças Dê um salto nas suas finanças

Informação de tratamento de dados

O Banco Santander Totta, S.A. é o responsável pelo tratamento dos dados pessoais recolhidos.

O Banco pode ser contactado na Rua da Mesquita, 6, Centro Totta, 1070-238 Lisboa.

O Encarregado de Proteção de Dados do Banco poderá ser contactado na referida morada e através do seguinte endereço de correio eletrónico: privacidade@santander.pt.

Os dados pessoais recolhidos neste fluxo destinam-se a ser tratados para a finalidade envio de comunicações comerciais e/ou informativas pelo Santander.

O fundamento jurídico deste tratamento assenta no consentimento.

Os dados pessoais serão conservados durante 5 anos, ou por prazo mais alargado, se tal for exigido por lei ou regulamento ou se a conservação for necessária para acautelar o exercício de direitos, designadamente em sede de eventuais processos judiciais, sendo posteriormente eliminados.

Assiste, ao titular dos dados pessoais, os direitos previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados, nomeadamente o direito de solicitar ao Banco o acesso aos dados pessoais transmitidos e que lhe digam respeito, à sua retificação e, nos casos em que a lei o permita, o direito de se opor ao tratamento, à limitação do tratamento e ao seu apagamento, direitos estes que podem ser exercidos junto do responsável pelo tratamento para os contactos indicados em cima. O titular dos dados goza ainda do direito de retirar o consentimento prestado, sem que tal comprometa a licitude dos tratamentos efetuados até então.

Ao titular dos dados assiste ainda o direito de apresentar reclamações relacionadas com o incumprimento destas obrigações à Comissão Nacional da Proteção de Dados, por correio postal, para a morada Av. D. Carlos I, 134 - 1.º, 1200-651 Lisboa, ou, por correio eletrónico, para geral@cnpd.pt (mais informações em https://www.cnpd.pt/).

Para mais informação pode consultar a nossa política de privacidade (https://www.santander.pt/politica-privacidade).