Se não quer ver as suas poupanças perderem valor é importante investir o seu dinheiro. Com a inflação a aumentar, aplicar bem o dinheiro torna-se cada vez mais importante. Saiba onde investir dinheiro.
Rentabilizar as poupanças nem sempre é fácil. O primeiro passo é definir o seu perfil de investidor, desenhar uma estratégia adequada e conhecer os produtos de investimento disponíveis no mercado. Uns são mais simples e oferecem rendimentos inferiores, outros são mais arriscados, mas permitem maiores ganhos. Seja qual for a sua estratégia, o importante é poupar e investir o seu dinheiro.
Se quer rentabilizar o seu dinheiro, mas não sabe por onde começar a investir, damos-lhe a conhecer seis produtos de investimento que se adaptam a todas as carteiras e perfis de investimento.
Os planos de poupança reforma (PPR) são produtos de poupança de médio ou longo prazo, vocacionados para a reforma. Ao subscrever e reforçar periodicamente um PPR está a garantir que, quando a reforma chegar, tem um complemento financeiro à pensão de velhice.
Todos podem - e devem - investir num PPR. Aliás, a poupança para a reforma deve começar o quanto antes, para que o esforço mensal seja menor e para conseguir amealhar o máximo possível.
Há vários tipos de PPR, que têm níveis de risco diferentes. Se não gosta de arriscar o seu dinheiro, existem produtos com capital e retorno garantido. São os PPR sob a forma de seguro. Neste caso terá de estar preparado para obter retornos mais reduzidos. Se quiser assumir algum risco, mas aumentar o potencial de ganhos, pode optar por um fundo PPR. Ao contrário dos seguros, os fundos não têm proteção de capital, nem taxa garantida. O seu desempenho oscila consoante a evolução da carteira.
Se não sabe onde começar a investir com pouco dinheiro, os PPR podem ser a solução, uma vez que permitem poupar de forma gradual para a reforma, à medida das suas possibilidades. Estes produtos de poupança têm ainda uma importante vantagem, que pode aumentar de forma significativa o ganho da aplicação: os benefícios fiscais, que podem ser em sede de IRS ou na hora do resgate.
Pode deduzir, em sede de IRS, até 20% do capital investido, até ao máximo de 400 euros. Atenção: caso beneficie desta dedução e resgatar o PPR fora das condições previstas pela lei, terá que devolver o valor do benefício ao Estado.
Além da possibilidade de abater no IRS uma parte do investimento, o PPR tem vantagens ao nível dos impostos que tem que pagar ao fisco pelos ganhos conseguidos através do investimento. No caso dos PPR, em vez dos tradicionais 28% pagos sobre as mais-valias, vai pagar:
Os depósitos a prazo são instrumentos de poupança seguros, simples e de fácil acesso. Podem servir para fazer um fundo de emergência para lidar com situações inesperadas, juntar dinheiro para um projeto pessoal ou para dar entrada para uma casa.
Qualquer pessoa pode constituir um depósito a prazo. São especialmente concebidos para aforradores que têm aversão ao risco.
A reduzida remuneração que a generalidade dos depósitos a prazo pagam atualmente é um dos principais riscos. Principalmente se a taxa de inflação for superior à taxa de juro. Neste cenário, o dinheiro que está a poupar perderá valor devido à inflação.
Se a remuneração nominal do depósito for, pelo menos, igual à taxa de inflação, garante que, no final do prazo do depósito, os fundos mantêm o seu valor em termos reais.
Não sabe onde investir dinheiro com segurança? Os depósitos a prazo são produtos simples, além disso, não existe risco de perda de capital. Numa situação de colapso da instituição bancária, o seu dinheiro está protegido pelo Fundo de Garantia dos Depósitos, até um máximo de 100 mil euros por depósito.
As obrigações são títulos de dívida de empresas ou Estados. Quando investe em obrigações está a emprestar dinheiro a esta instituição, em troca do pagamento de um juro (cupão), que é pago periodicamente.
A investidores com algum nível de conhecimento e que estejam disponíveis a assumir o risco do investimento.
As obrigações têm três grandes riscos: de taxa de juro, de crédito e liquidez. Como são negociadas em mercado, o preço oscila consoante as ordens de compra e de venda. Por outro lado, se quiser vender a obrigação no mercado, está dependente da liquidez. Ou seja, de existir outra pessoa disponível para comprar a sua obrigação. Caso a obrigação tenha uma taxa de juro variável, existe ainda o risco da oscilação do indexante. Por fim, há o risco da empresa ou Estado que emitiu a dívida entrar numa situação de incumprimento, não reembolsando juros e capital.
Há lugar ao pagamento de um juro, que normalmente é mais elevado do que as taxas oferecidas nos depósitos e outras aplicações.
Os fundos de investimento são instrumentos financeiros que captam dinheiro dos investidores com o objetivo de formar uma carteira com diferentes ativos. Tratam-se de uma alternativa ao investimento direto nos ativos que compõem o seu património e têm como principal objetivo constituir uma poupança de médio e longo prazo.
Destinam-se a quem está interessado em arriscar um pouco nos seus investimentos para ter retorno mais elevado, mas não quer investir diretamente nos mesmos. Há vários tipos de fundos, com diferentes características e níveis de risco, que se ajustam a vários tipos de investidores. Ainda assim, é preciso contar com a possibilidade de perdas de capital.
O risco do fundo depende do tipo de ativo em que o produto investe. Por regra, não têm capital garantido e estão sujeitos a diversos riscos, como o risco de mercado, de liquidez e de remuneração.
Oferecem maior potencial de retornos e capacidade para investir em diferentes ativos e geografias, mediante o pagamento de comissões (subscrição, gestão e resgate).
Tratam-se de produtos de investimento destinados a quem queira constituir uma poupança de curto ou médio prazo. Dividem-se em duas modalidades: seguros de capitalização, que, por regra, têm capital garantido, ou seguros ligados a fundos de investimento (unit linked), sem capital garantido.
A quem procura uma alternativa aos depósitos bancários para as suas poupanças a médio prazo (pelo menos três anos). Dependendo da natureza do seguro financeiro, pode ser subscrito por investidores com tolerância média ou baixa ao risco.
No caso dos seguros de capitalização (com capital garantido), o principal risco é a perda real de rendimento perante taxas de inflação crescentes. No caso dos seguros ligados a fundos de investimento, o maior risco é a perda de parte do capital investido.
Possibilidade de fazer entregas programadas ou únicas, para reforçar a poupança, e vantagens fiscais, que variam consoante o prazo do investimento:
As ações são valores mobiliários que representam uma parcela do capital social de uma sociedade anónima. Ao comprar ações de uma empresa torna-se acionista da mesma e tem a possibilidade de ganhar com a sua evolução em bolsa.
A investidores com elevados conhecimentos financeiros e que estejam dispostos a arriscar para ter retorno financeiro. Se acredita no valor de uma empresa e quer maximizar a sua poupança, mantendo o investimento por um período mais longo, as ações são o investimento indicado para si.
Ao investir em ações está a assumir inúmeros riscos: de capital, liquidez e mercado. Existem ainda os riscos operacional, cambial e político. Se pretende investir nestes ativos, é importante saber o mercado acionista é caracterizado pelas suas oscilações. Deve estar preparado para ver o valor da sua poupança subir e descer, resistindo à tentação de vender caso esteja a perder.
Se mantiver o investimento em ações por um longo período de tempo, pode obter retornos atrativos. A rentabilidade está dependente do desempenho da ação no mercado, nos dividendos distribuídos, caso existam, e dos custos das transações.
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