Já ouviu falar do termo juros compostos? Veja como funcionam as aplicações financeiras e conheça como é calculada a capitalização de juros.
Acredita que tempo é dinheiro? Mas o que significa isto em termos práticos? Neste artigo damos-lhe a conhecer aquela que, segundo Einstein, é das forças mais poderosas do universo: os juros compostos.
O conceito de tempo é dinheiro é muito popular. Quando colocamos o nosso dinheiro numa aplicação financeira esperamos obter um ganho. Quanto mais tempo o dinheiro estiver investido mais esperamos receber, pois quem investe deixa de consumir hoje para consumir no futuro… e pretende ser compensado por esta espera!
Segundo o Banco de Portugal, o juro “representa o preço do dinheiro, correspondendo à remuneração pelo capital emprestado durante determinado período de tempo”. Assim, quem deposita o seu dinheiro numa aplicação financeira de uma instituição de crédito, espera receber um juro (uma remuneração), pois está a disponibilizar recursos que são seus para serem utilizados por outras pessoas ou empresas.
O juro pode ser recebido de acordo com diversas periodicidades, conforme combinado entre as partes (mensalmente, semestralmente ou anualmente). O juro também pode ser simples ou composto.
Enquanto o juro simples cresce proporcionalmente com o tempo, o juro composto cresce mais do que proporcionalmente com o tempo. Vejamos abaixo o que cada um destes termos significa e como impactam as suas poupanças.
O juro simples corresponde ao retorno obtido pela aplicação de um montante de capital num depósito durante determinado período de tempo.
Para calcular um juro simples basta multiplicar o capital pela taxa de juro em vigor nesse mesmo período. Vejamos o seguinte exemplo, meramente ilustrativo e que ignora o efeito dos impostos:
Investimento - 1.000€
Taxa de Juro Anual – 10%
Esta aplicação irá gerar um retorno de 100€ todos os anos, valor que pode ser creditado na nossa conta bancária. Estes são os juros simples.
Alguns depósitos a prazo permitem que haja capitalização de juros. Isto significa que os juros obtidos em cada período são adicionados ao capital inicial, constituindo um novo capital (maior que o inicial), que também vai ser remunerado (juro composto).
Desta forma, num depósito com juro composto são obtidos juros sobre juros e um capital crescente ao longo do tempo.
Se tiver a possibilidade de reinvestir o retorno que obteve no ano anterior, irá beneficiar do conceito de capitalização. Vejamos o seguinte exemplo:
Investimento - 1.000€
Taxa de Juro Anual – 10%
Prazo – 3 anos
O retorno no primeiro ano será de 100€. No início do segundo ano para além dos 1.000€ iniciais iremos investir os restantes 100€. Ou seja, o nosso capital para efeito de investimento será de 1.100€, o que nos irá conferir um retorno de 110€. No terceiro ano o efeito é o mesmo pelo que iremos ter no final dos três anos 1.331€. O efeito de capitalização dos juros implica que teremos um ganho adicional de 31€.
Os exemplos acima são casos teóricos e servem o propósito de ilustrar o efeito da capitalização de rendimentos. Fizemos o exercício para 3 anos mas se o fizermos para 10 ou 20 anos o efeito acaba por se reforçar de forma significativa. Podemos então concluir que:
A capitalização de rendimentos é uma força de grande relevo em qualquer estratégia de investimento. Estratégias pensadas para o médio / longo prazo permitem capitalizar rendimentos.
Investir em juros compostos pode ser feito através de uma variedade de instrumentos financeiros e produtos de investimento disponíveis no mercado. Aqui estão algumas opções:
Fale com o seu gestor para saber quais são as soluções de investimento que melhor se adequam aos seus objetivos e necessidades financeiras, em cada momento, e diversifique os seus riscos.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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