Quer ter algum dinheiro no banco para uma emergência ou para construir uma poupança. Mas como escolher o melhor depósito a prazo? Veja as nossas dicas.
Já sabe que quer poupar e até sabe para quê. Agora só falta escolher um depósito a prazo, mas parece-lhe uma tarefa difícil. Além da oferta ser grande, quer perceber quanto vai ganhar com este investimento. E já agora, porquê optar por este produto?
Sim, um depósito a prazo é uma opção tradicional de poupança, que provavelmente já era usada pelos seus pais ou avós. E quando isto acontece, há geralmente duas razões: é um produto confiável e fácil de gerir.
Confiança e simplicidade são, de facto, duas características dos depósitos a prazo. Confiança porque sabe que, ao contrário de outros produtos, não corre o risco de perder o seu dinheiro.
Seja qual for o tipo de depósito bancário, o banco tem de assegurar o reembolso da totalidade do montante que foi depositado. Além disso, em caso de insolvência da entidade, os depósitos estão protegidos até ao valor máximo de 100.000 euros, por instituição de crédito e por depositante.
A simplicidade deste produto é outro atrativo para quem não é especialista em finanças ou jargão bancário. O nome diz tudo: há um depósito em dinheiro que fica no banco durante um determinado prazo. Como contrapartida, o cliente vê esse montante crescer através do pagamento de juros.
Antes de escolher um depósito a prazo deve responder a duas perguntas. Quanto tempo tem de ter o dinheiro no banco? E quanto vai receber por isso?
Apesar de existirem depósitos com prazos curtos, os mais rentáveis podem significar que tenha o seu dinheiro no banco durante mais tempo. O que pode ser uma opção adequada, se está a planear uma poupança a médio ou longo prazo.
Outro dado que deve ter em conta é a possibilidade de mobilização antecipada. Ou seja, deve saber se, caso precise, pode levantar o dinheiro antes do prazo acordado e, sendo possível, se lhe é aplicada uma penalização sobre o valor dos juros.
Os juros são a grande diferença entre uma conta à ordem e um depósito a prazo. Na primeira pode mexer no dinheiro sempre que quiser, mas não recebe por isso. Num depósito a prazo, ter o dinheiro aplicado, significa que a poupança vai crescendo. Isto porque, ao valor que depositou, somam-se os juros.
E quando os recebe? Bom, tudo vai depender do tipo de depósito. Pode ser na data em que o depósito vence (por exemplo, ao fim de um ano) ou periodicamente (por exemplo, de seis em seis meses). Encontra essa informação na Ficha de Informação Normalizada (FIN) que é entregue pelo banco antes de depositar o seu dinheiro.
Além disso, tenha em conta que os juros podem ser pagos de duas formas: ou são depositados na sua conta à ordem ou acrescentados ao seu depósito (são os chamados depósitos capitalizáveis). A segunda opção pode ser mais vantajosa, já que os juros são somados ao capital de modo a que, no período seguinte, possam render mais. Ou seja, o seu depósito a prazo está sempre a crescer.
Em relação aos juros, há outra informação a ter em atenção: a taxa. Esta pode ser fixa, variável (e neste caso pode ser indexada, por exemplo, à Euribor) ou mista. Tal como num crédito, a taxa fixa garante mais estabilidade.
A matemática pode não ser o seu forte e, perante duas opções, quer ter a certeza que vai escolher a melhor. Ou quer saber quanto terá de depositar para obter determinado rendimento? E quanto terá no banco daqui a dois anos?
Pode dispensar a calculadora e usar o simulador do banco de Portugal. Basta saber o valor inicial, o prazo (em meses ou dias) e a taxa de juro. Introduza os dados e terá uma ideia aproximada. Pode também pedir simulações no seu banco e comparar as várias opções que este lhe oferece.
Se o que pretende é construir uma poupança com objetivos mais imediatos (por exemplo, uma entrada para comprar um carro ou para ir de férias), a escolha deve ser feita com base nesse critério.
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