Sabe a diferença entre o mercado regulado e o liberalizado? Veja qual o mais vantajoso para si e as alterações que vão ocorrer no final de 2025.
O mercado de eletricidade é dividido em dois segmentos principais: o regulado e o livre. Com a iminente transição obrigatória para o mercado livre até 2025, é fundamental que os consumidores compreendam as diferenças entre estas opções e saibam como fazer a escolha mais vantajosa para as suas necessidades, enquanto ainda podem usufruir do mercado regulado.
Trata-se de um sistema em que os preços e as condições do serviço são estabelecidos pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Neste mercado, existe apenas um fornecedor de energia, conhecido como Comercializador de Último Recurso (CUR), que é responsável por fornecer eletricidade a todos os consumidores que não optaram por transitar para o mercado livre.
O mercado regulado disponibiliza Tarifas Transitórias de Venda a Clientes Finais, aprovadas pela ERSE, que são revistas a 15 de dezembro de cada ano e calculadas somando as Tarifas de Acesso às Redes com as Tarifas de Energia e de Comercialização.
Atualmente, a SU Eletricidade (antiga EDP Universal) é a principal entidade que opera no mercado regulado em Portugal Continental. Nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, a EDA e a Eletricidade da Madeira desempenham papéis semelhantes.
Ao contrário do regulado, o mercado liberalizado permite que os consumidores escolham entre vários fornecedores de energia, o que oferece uma maior flexibilidade e competitividade. Nesta tipologia de mercado, as tarifas e condições não são estabelecidas pela ERSE, mas sim pelas próprias empresas comercializadoras, o que resulta numa diversidade de ofertas adaptadas às necessidades e ao perfil de consumo dos clientes.
Esta liberdade de escolha promove a concorrência entre os fornecedores, resultando em potenciais poupanças para os consumidores e numa melhoria da qualidade dos serviços prestados.
Até 2025, qualquer consumidor de eletricidade em Portugal Continental pode optar por permanecer ou mudar para o mercado regulado. No final desse prazo, todos os consumidores terão de passar para o mercado livre de energia.
Ressaltamos que, com a Lei n.º 105/2017, de 30 de agosto, foi criada a possibilidade de os clientes optarem por um regime de preços equiparado ao da tarifa de mercado regulado, independentemente de já estarem no mercado livre.
Para mudar para o mercado de tarifas reguladas, o processo é relativamente simples. O consumidor deve contactar a SU Eletricidade, a entidade responsável por fornecer eletricidade no mercado regulado, e solicitar a mudança. É importante destacar que esta opção só estará disponível até ao final de 2025, quando todos os consumidores terão de migrar para o mercado livre.
Caso tenha um contrato de fidelização no mercado liberalizado e deseje mudar para o mercado regulado, primeiro verifique as condições do contrato atual. Embora muitos fornecedores não imponham períodos de fidelização, em alguns casos, pode haver penalização ou custos de rescisão antecipada. Se estiver insatisfeito com o seu fornecedor atual, vale a pena considerar se os potenciais benefícios de mudar para o mercado regulado justificam esses custos.
Além dos mercados regulado e livre, existe ainda o mercado indexado. Em que consiste? Dentro do mercado livre, o consumidor pode optar por tarifas indexadas, que variam de acordo com o preço de mercado da eletricidade. Estes valores são mais voláteis, mas podem resultar em poupanças significativas se o preço da eletricidade no mercado for baixo.
Se quiser perceber qual dos mercados é o mais vantajoso para si, pode utilizar o simulador da DECO Proteste, que inclui cerca de 300 tarifários.
O mercado regulado vai terminar no final de 2025 e todos os consumidores terão obrigatoriamente de migrar para o mercado livre até essa data. Por isso, começar a explorar as opções de fornecedores no mercado livre pode ser uma boa ideia para garantir uma transição tranquila e aproveitar as melhores ofertas disponíveis.
Para saber quais as empresas com os tarifários mais competitivos, pode utilizar ferramentas como o simulador da ERSE. Pode, ainda, pesquisar por "tarifários de eletricidade" e contactar diretamente os fornecedores, ao comparar o preço do kWh na sua fatura com as ofertas disponíveis. A nova empresa escolhida tratará de todo o processo de transição, sem que precise de tomar quaisquer ações adicionais.
Note que o processo de mudança de comercializador não altera os seus equipamentos ou características da instalação de consumo.
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Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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