A entrada no mercado de trabalho pode criar inseguranças e abanar os pilares de alguns sonhos. Mas, apesar de existirem estatísticas pouco animadoras, há várias coisas que podes fazer para te preparares. Partilhamos 6 dicas que todos os jovens podem conhecer para entrar no mercado de trabalho com confiança.
Não esperes pelo último ano para começar a pensar no mercado de trabalho e aproveita o que a universidade tem para te oferecer.
Dos trabalhos de grupo às associações e núcleos de estudantes, passando pela tuna da tua faculdade, conhece pessoas e contextos diferentes e começa a construir a tua rede de contactos.
Sabe mais sobre as ligações da tua universidade ao mercado de trabalho: procura os gabinetes de emprego e saídas profissionais, candidata-te a estágios de verão e participa em feiras de emprego.
Enquanto vais percebendo como funciona o mundo do trabalho, toma conta das tuas finanças. Se tiveres oportunidade, chegar às portas do mercado de trabalho com alguma autonomia financeira vai ser útil para poderes procurar com mais liberdade as oportunidades que mais te interessam.
Começa a gerir o teu dinheiro desde cedo, de acordo com as tuas necessidades e planos. Há contas com condições especiais para jovens, que te podem ajudar a otimizar ganhos e tirar melhor partido das tuas finanças.
O mesmo acontece quando entrares na vida ativa. Com o primeiro salário, podes contactar o teu banco para saber se tem vantagens para quem domiciliar o ordenado. Domiciliar? Na prática, significa que dizes ao teu banco que vais receber o ordenado na conta, todos os meses.
Outra forma de contornar as dificuldades dos jovens na introdução ao mercado de trabalho é traçar um plano.
Como qualquer projeto importante, a entrada no mercado de trabalho deve ser planeada.
Onde estás e para onde queres ir? Qual é o teu objetivo? Quer seja poupar dinheiro para viajar, construir as bases para uma carreira internacional ou conseguir uma oportunidade na empresa dos teus sonhos, podes:
As empresas recebem centenas de currículos. Dedica algum tempo a organizar o teu percurso e cria um CV que se destaque e que mostre o teu valor de forma clara.
Toma nota das tuas candidaturas para não te perderes no processo (um simples Excel pode ajudar-te muito). Começa pelas vagas que te fazem mais sentido, aquelas em que querias mesmo ficar, e analisa a evolução dos processos.
Tens poucas respostas? Abre o teu leque de opções e começa a candidatar-te a mais vagas.
Há muita informação online, por isso é importante escolheres bem as tuas fontes. Plataformas como o Linkedin ou o Glassdoor podem ajudar-te a saber mais sobre as empresas, a sua cultura e as pessoas que lá trabalham.
Lembra-te das coisas mais simples: marcar um café com um amigo, telefonar a uma colega de curso ou enviar um e-mail àquele professor que sempre admiraste pode esclarecer dúvidas, ligar-te a oportunidades e abrir portas para o futuro.
Pesquisa sobre o valor do teu trabalho no mercado, o salário médio para a função que procuras e informa-te sobre as questões fiscais e contributivas. Sabes quanto vais ter de descontar para o IRS e para a Segurança Social? E quais as diferenças entre salário bruto e salário líquido?
Faz o trabalho de casa antes das entrevistas. Como vais contar a tua história? Organiza o teu discurso e prepara as tuas respostas. Conhecer bem o anúncio de emprego a que respondeste é fundamental.
Mas saber tudo sobre a função não chega: preocupa-te em conhecer a empresa, o seu trabalho e a sua postura no mercado (o site e as redes sociais são paragem obrigatória).
Durante a entrevista de emprego, não tenhas medo de fazer perguntas. Curiosidade e interesse são competências valiosas para qualquer função.
Se o feedback demorar, não guardes as perguntas na tua cabeça. Um e-mail, SMS ou telefonema rápido vão reforçar o teu interesse na vaga e o teu entusiasmo pela empresa.
Um processo de recrutamento, mesmo que acabe em “não”, pode ser uma oportunidade para melhorar. Vai atrás de feedback específico: onde podes melhorar? O que falhou desta vez? Como é que podias ter correspondido melhor ao que a empresa procurava?
Se não te escolheram agora, o caminho é em frente: mantém o contacto e continua a seguir as pessoas que conheceste e as empresas que te entusiasmaram.
Lembra-te: não desanimes. Até podes ter feito tudo bem. Há outra oportunidade à tua espera.
As gerações mais novas procuram variar experiências, experimentar diferentes funções e alinhar o seu propósito com o trabalho, e não um emprego para a vida. Mudar de área ou de carreira é cada vez mais comum. Investiga quais são as competências que o mercado de trabalho mais valoriza num bom profissional.
Não tenhas medo de arriscar e corre atrás do que te faz sentido.
Estudar outros temas ou fazer uma especialização podem ser boas rampas de lançamento. Se precisares de ajuda para continuar a tua formação ou voltar aos livros, há soluções de crédito pessoal para estudar que te podem ajudar a cumprir essas metas.
Às vezes, o caminho não é linear e há sempre coisas que não vais conseguir controlar. Foca-te no que está ao teu alcance e, mesmo que acompanhes o que outros estão a fazer, mantém a confiança no teu percurso.
Ter um plano bem pensado é meio caminho para entrares no mercado de trabalho com a dose certa de confiança.
Lembra-te de que todas as experiências são importantes para a vida, mas não te resignes se discordares das abordagens que te sugerem.
O mundo do trabalho começou a mudar para incluir alguns dos aspetos que os millennials mais procuram num emprego. Esta geração valoriza:
No final do dia, o importante é escolheres o melhor para ti. Procura empresas e projetos alinhados com o teu propósito, motivação e objetivos.
Lembra-te de onde começaste e de onde queres chegar, mas não te esqueças de aproveitar o processo e guardar as lições que vais aprendendo pelo caminho.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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