Da ciência de dados à inteligência artificial, descubra as profissões do futuro, os melhores cursos para chegar a elas e as competências que precisa de ter.
Na hora de decidir o futuro, há sempre uma pergunta presente: que profissão me vai fazer ganhar mais?
Mas não é só de salários que os trabalhadores querem ouvir falar. Que benefícios posso ter nesta carreira? Vou estar satisfeito com o trabalho que faço? E em que sítios posso trabalhar?
De todas estas questões se fazem as profissões para os próximos anos. Dos empregos do mundo “físico” às profissões digitais, uma coisa é garantida: as máquinas aproximam-se cada vez mais de nós.
Descubra as principais profissões do futuro para os próximos anos, com base no relatório “Future of Jobs”, do World Economic Forum:
A inteligência artificial continua a transformar o mundo e os especialistas em IA e machine learning são os principais arquitetos. Estes profissionais criam algoritmos capazes de aprender e tomar decisões de forma autónoma, aplicando estas tecnologias a inúmeras áreas, desde a saúde à logística.
No mais recente estudo do Fórum Económico Mundial, pode ler-se: “Espera-se que a inteligência artificial, um dos principais impulsionadores do possível deslocamento algorítmico, seja adotada por quase 75% das empresas pesquisadas e que leve a uma alta rotatividade, sendo que 50% das organizações espera que ela gere crescimento de empregos e 25% esperam que ela gere perda de empregos”.
Nesse sentido, o domínio destas tecnologias é considerado uma grande vantagem no mercado de trabalho atual, o que faz destas as principais profissões do futuro e destes especialistas os mais procurados até 2027.
Se quiser aprender sobre o fascinante mundo da inteligência artificial, aproveite o curso gratuito oferecido pela Open Academy, em parceria com a Google, e comece a desenvolver as competências que moldarão o futuro.
Muito perto dos profissionais em IA e machine learning estão os peritos em automação de processos e os especialistas em transformação digital.
A verdade é que o digital mudou o mercado de trabalho e a forma como trabalhamos. A transformação digital é a integração de tecnologia em todas as fases dos negócios para alterar os processos de trabalho, tornando-os mais ágeis e eficientes e de modo a entregar mais valor para os clientes. Esta área tem sido uma prioridade para muitas organizações que procuram manter-se competitivas no mercado atual e, com a crescente importância da digitalização, estes profissionais estão, também, entre os mais procurados no mercado de trabalho.
Vai ser a segunda área de trabalho mais procurada até 2027, segundo o Fórum Económico Mundial: a ciência dos dados veio dar sentido a toda a informação que existe sobre o mundo e como nos comportamos nele.
Existe um volume de informação recolhida que é impossível de quantificar. A data science extrai daí padrões e conclusões e, aplicada aos negócios, tem vindo a tornar-se muito apetecível para várias indústrias.
Quem domina esta ciência tem, por isso, uma espécie de superpoder. E neste lote estão os especialistas em big data, analistas de business intelligence (BI) e analistas e cientistas de dados.
Os analistas de BI transformam dados brutos em informações valiosas para decisões estratégicas ao identificar tendências e otimizar processos com ferramentas de BI. São indispensáveis em organizações orientadas por dados.
Já os analistas e cientistas de dados, conhecidos como data analysts, e especialistas em big data, são altamente procurados pela sua capacidade de analisar grandes volumes de dados e extrair conclusões valiosas, que podem vir a transformar negócios e indústrias.
Para a Comissão Europeia, os especialistas em dados combinam competências matemáticas, de computer science e sociológicas, de identificação de tendências.
Como entrar no mundo dos dados? A resposta é: aprender, aprender, aprender! Apostar na formação contínua é a chave. A escola tecnológica Iron Hack tem um curso de data analytics para quem quer estar na “vanguarda da inovação” e ajudar a resolver problemas do mundo real. E dá exemplos de sítios onde esta capacidade é valiosa: nas empresas, nas ciências e até nas decisões governamentais. Do curso fazem parte competências de programação, estatística e machine learning.
A Open Academy tem vários cursos gratuitos, de curta e longa duração, em inglês, espanhol e português, nas áreas de data analytics, data science e internet of things (IoT). Aproveite!
A hegemonia dos dados é tão apetecível que deu origem a novas formas de cibercrime.
Um estudo realizado pelo Cetelem, marca do grupo BNP Paribas Personal Finance, conclui que 75% dos portugueses está preocupado com a possível má utilização dos dados, principalmente através de Inteligência Artificial.
Portanto, novas tecnologias e novas formas de cibercrime exigem especialistas em segurança de dados e analistas de segurança da informação.
A inovação no setor financeiro não seria possível sem os engenheiros de fintech. Estes profissionais combinam conhecimentos de finanças e tecnologia para desenvolver soluções inovadoras que revolucionam os serviços financeiros. Desde a criação de novas plataformas de pagamento até ao desenvolvimento de algoritmos de investimento automatizados, estes peritos estão na vanguarda da transformação digital do setor financeiro.
A robótica é uma área em crescimento acelerado, e os engenheiros robóticos estão no centro desta revolução. Eles projetam, constroem e mantêm robôs que são utilizados em diversas indústrias, desde a manufatura até à medicina. Com o aumento da automação e a adoção crescente de tecnologias robóticas, a procura por engenheiros robóticos está em alta e oferece oportunidades de carreira emocionantes e bem remuneradas.
Já ouviu falar em eco-ansiedade? É um efeito das preocupações decorrentes da crise climática e das catástrofes naturais.
A crescente preocupação com as mudanças climáticas e a sustentabilidade ambiental deu destaque aos especialistas em sustentabilidade. Estes profissionais, como engenheiros ambientais, são responsáveis por desenvolver e implementar estratégias que minimizem o impacto ambiental das empresas e promovam práticas sustentáveis. Com as novas regulamentações ambientais e a pressão social para adotar processos mais verdes, a procura por especialistas em sustentabilidade tem vindo a aumentar significativamente.
Mas há um detalhe: é valorizado o cruzamento desta disciplina com a economia, a sociologia e a tecnologia. Não há respostas individuais.
A experiência dos clientes e a usabilidade vão, também, continuar no centro das atenções, o que impulsiona a procura por engenheiros e software developers, bem como por User Experience (UX) designers.
Front-end developers são responsáveis por criar interfaces intuitivas e visualmente atraentes e assegurar que cada interação seja fluida e agradável. Já os back-end developers garantem que a estrutura subjacente dos sistemas funcione de maneira eficiente e segura. Os web developers combinam ambas as habilidades e são fundamentais para criar plataformas que não só funcionam bem como proporcionam uma experiência envolvente e sem falhas.
Já na usabilidade, os UX designers focam-se em entender as necessidades dos utilizadores e desenvolver soluções que melhoram a interação e satisfação geral com os produtos digitais.
Juntos, estes profissionais formam a espinha dorsal da transformação digital e garantem que a tecnologia seja funcional e centrada no utilizador.
Os profissionais de marketing digital não estão entre as primeiras posições mas vão continuar a ser muito procurados. O LinkedIn garante que as oportunidades de trabalho nesta área não estão a desaparecer.
Podem, por isso, ter esperança os especialistas em marketing digital, criadores de conteúdo e os gestores de redes sociais.
Continuam a ser valorizados os conhecimentos de Search Engine Optimization (SEO), ou seja, quem domina a magia dos motores de pesquisa e sabe como ligar produtos e serviços a consumidores.
Até 2025, o número de horas trabalhadas por máquinas e por pessoas vai ser igual. Além disso, cerca de 85 milhões de postos de trabalho vão ser alterados devido à automação de alguns processos.
As previsões são do Fórum Económico Mundial e são úteis para compreender a lista das 10 competências mais relevantes no mercado de trabalho, segundo aquela instituição.
Por um lado, serão valorizadas as competências de resolução de problemas.
Está em vantagem quem detém pensamento analítico e capacidade de inovação, quem é capaz de resolver problemas complexos com um espírito crítico e também quem traz criatividade, originalidade e iniciativa à equipa.
A ideação e racionalidade são, na verdade, algo em que as máquinas não conseguem substituir os humanos.
Noutro patamar estão a autonomia e a autogestão, sobretudo no que diz respeito à capacidade ativa de aprender e ter estratégias de aprendizagem, mas também na resiliência, resistência ao stress e flexibilidade. Num contexto em que o teletrabalho já é tão familiar para muitos, estas são características rotineiras e essenciais.
Depois, as competências tecnológicas. Estão no top de skills a ter: o domínio e controlo da tecnologia, mas também o design e programação.
Por último, as competências interpessoais, das quais se destacam a capacidade de liderança e até a influência social.
O acesso às profissões de futuro aqui referidas não é exclusivo de quem sai em breve do ensino superior ou técnico.
Aliás, o mercado de trabalho olha com atenção para a área de recursos humanos e tem fé na formação de quem já está no ativo para, durante a sua vida profissional, aprender as novas competências.
Ainda assim, há cursos superiores que vão dar uma boa vantagem a quem se prepara para começar a trabalhar em breve. A plataforma Universia traça uma lista:
Esta lista das melhores profissões do futuro foi feita com base em investigações de entidades no mercado laboral e plataformas digitais que se dedicam à procura de emprego e não seguem uma ordem de prioridade.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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