As consequências da seca afetam a economia, a saúde e a produção de energia. Mas com pequenas ações pode fazer a sua parte e poupar até 30% de água em casa.
Durante grande parte do ano de 2022, quase todo o território português esteve entre a seca severa e a seca extrema. Este fenómeno, considerado pelas autoridades como o pior do último século em termos de ausência de chuva, trouxe consequências graves para a saúde, a alimentação, a economia e a agricultura.
É uma catástrofe natural que se define por um período de persistência anómala de tempo seco, devido a precipitação insuficiente. Tem como consequência principal a redução da disponibilidade de água, o que se repercute nos ecossistemas, nas atividades socioeconómicas (como a agricultura e a pecuária) e no fornecimento de água.
Contudo, o seu início é imprevisível e só se torna percetível quando estas consequências já são visíveis em albufeiras sem água ou em terrenos secos, por exemplo. Em Portugal, a Proteção Civil começa a analisar a possibilidade de ocorrência de seca a partir de fevereiro ou março de cada ano. As operações de apoio, em caso de necessidade, são planeadas para os meses mais quentes e até finais de setembro.
Existem quatro tipos de seca, que se definem pelos impactos nas atividades socioeconómicas e ambientais. Assim:
A seca representa uma das maiores ameaças humanas e tem consequências em várias áreas, das quais podemos destacar:
Saúde
Tem impacto negativo para a saúde humana, porque escasseia a água para beber ou para a sua higiene básica, o que evita doenças como cólera ou febre tifóide.
Economia
Em cenários desta natureza, os agricultores são obrigados a adaptar as culturas e áreas cultivadas à água disponível, reduzindo a quantidade das colheitas e a rentabilidade que daí retiram. Na pecuária, os animais têm menos pastagens disponíveis e encontram os reservatórios secos.
Energia hidroelétrica
A produção de energia hidroelétrica - uma das principais fontes de energia renovável em Portugal - fica condicionada pela indisponibilidade de água. De tal forma que a União Europeia colocou Portugal em quinto lugar na lista de risco de pobreza energética, devido ao cenário de seca prolongada e que pode conduzir a preços de energia incomportáveis.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), uma pessoa precisa de 110 litros de água por dia para tomar banho, lavar os dentes e fazer outras atividades domésticas. Contudo, segundo um estudo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a média de consumo em Portugal é de 189 litros por pessoa por dia. Para esta análise, a APA contabilizou o consumo doméstico mas também o de outros setores da economia, como o agrícola.
As primeiras ações começam, portanto, por um comportamento mais consciente. Com gestos simples é possível poupar 30% de água em casa e contribuir para a prevenção das secas. Estas são algumas ações que que pode e deve tomar nas várias divisões da sua casa:
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