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Remodelação de casa: por onde começar?

31 mar 2025 | 5 min de leitura

Falta-lhe coragem (ou orçamento) para dar início à remodelação da casa? No nosso artigo vai encontrar o plano, os truques e a motivação.

Sonha com uma cozinha aberta, uma casa de banho renovada ou um cantinho exterior mais acolhedor? Antes de pegar no martelo, há muito para pensar — e o nosso artigo está aqui para o ajudar a fazer tudo com pés e cabeça.

 

 

Passos para uma remodelação de casa bem planeada

1. Defina objetivos

Dica cliché, sabemos, mas não podemos deixar de colocá-la no primeiro passo: antes de começar, faça uma lista do que quer mudar. A casa já não se adapta às suas necessidades? Precisa de mais espaço? Quer modernizar a decoração ou torná-la mais eficiente do ponto de vista energético? Ao responder a estas perguntas, vai conseguir perceber se precisa de uma remodelação simples ou se será necessário fazer mudanças estruturais.

 

Pense também na utilização diária dos espaços. Se gosta de receber amigos, talvez valha a pena apostar numa cozinha aberta para a sala. Se trabalha a partir de casa, pode ser interessante criar um escritório funcional. Quanto mais claro for sobre o que pretende, mais fácil será tomar decisões e evitar gastos desnecessários.

 

 

2. Estabeleça um orçamento

O dinheiro é um dos fatores que mais condiciona uma remodelação. O primeiro passo é definir quanto pode gastar e ser realista sobre o que esse valor permite. Se o investimento for elevado, pode sempre recorrer a um crédito para obras, mas garanta que consegue suportar os custos sem comprometer a sua estabilidade financeira. Lembre-se de incluir:

 

  • Materiais e acabamentos: opte por soluções duráveis para evitar gastos a curto prazo
  • Mão de obra especializada: pedir orçamentos a vários profissionais ajuda a comparar preços
  • Licenças e autorizações: algumas obras exigem aprovação da câmara municipal ou do condomínio
  • Imprevistos: reserve pelo menos 10% a 20% do orçamento para despesas inesperadas.

 

Se for preciso recorrer a apoio financeiro, o crédito para obras pode ser uma alternativa a considerar.

 

 

3. Avalie o estado da casa

Nem sempre uma remodelação significa apenas trocar móveis ou pintar paredes. Muitas casas escondem problemas que só são descobertos quando se começa a mexer. Por isso, antes de avançar, avalie:

 

  • Canalização antiga e eletricidade: tubagens antigas e fiações desatualizadas podem precisar de substituição
  • Humidade e infiltrações: resolver estas questões antes da renovação evita gastos extra no futuro
  • Isolamento térmico e acústico: melhorar o isolamento pode reduzir as contas de energia e aumentar o conforto.
  • Estrutura do imóvel: se pensa derrubar paredes, é fundamental garantir que não está a comprometer a estabilidade da casa.

 

 

4. Escolha um estilo

O estilo da casa influencia os materiais, as cores e, até, o tipo de mobiliário. Escolher um conceito logo no início torna todo o processo mais fluído e evita compras impulsivas que podem não combinar entre si. Algumas opções intemporais incluem:

 

  • Minimalista: linhas simples, cores neutras e espaços organizados
  • Industrial: tijolo à vista, metal e madeira para um ambiente urbano
  • Rústico: materiais naturais e tons quentes para uma casa acolhedora
  • Nórdico: cores claras, madeira e iluminação suave para um ambiente confortável.

 

Se não sabe por onde começar - e se estiver dentro do orçamento, claro -, considere consultar um designer de interiores ou procurar inspiração em revistas e websites.

 

 

5. Faça uma lista de prioridades

Nem sempre o orçamento permite fazer tudo de uma só vez. Se tiver de escolher, foque-se nas áreas que mais precisam de intervenção. Pode começar pelas infraestruturas essenciais (canalização, eletricidade, isolamento) e deixar os acabamentos e decoração para uma segunda fase.

 

Deixamos-lhe quatro ideias para remodelações com impacto sem gastar muito:

 

  • Pintar paredes e tetos para renovar o ambiente
  • Trocar torneiras, puxadores e interruptores para dar um toque moderno
  • Mudar os móveis de sítio para melhorar a circulação do espaço
  • Investir em iluminação LED para poupar energia e criar ambientes mais agradáveis.

 

 

6. Peça orçamentos

Uma das regras de ouro antes de contratar profissionais é comparar preços. Peça, pelo menos, três orçamentos a diferentes empresas e analise tanto custo total como também:

 

  • Os materiais incluídos
  • O prazo de execução
  • As garantias oferecidas
  • A experiência e referências da empresa.

 

 

7. Planear a obra

Remodelações podem ser caóticas, especialmente se continuar a viver na casa durante as obras. Para evitar atrasos e imprevistos, é fundamental criar um plano detalhado com todas as fases da remodelação:

  1. Demolição e remoção de materiais antigos
  2. Revisão e substituição de canalização e eletricidade
  3. Instalação de novos revestimentos e pavimentos
  4. Montagem de móveis, portas e janelas
  5. Pintura e retoques finais
  6. Decoração e mobiliário.

 

 

Vale a pena comprar uma casa antiga para remodelar?

Muitos optam por comprar casas antigas para remodelar, seja para habitação própria ou investimento. Mas será uma boa ideia?

 

Vantagens

  • Preço mais acessível: comprar uma casa antiga pode ser mais barato do que uma nova
  • Personalização total: pode renovar ao seu gosto e adaptar o espaço às suas necessidades
  • Potencial de valorização: depois da remodelação, o imóvel pode aumentar significativamente de valor.

 

Desvantagens

  • Possíveis problemas estruturais: muitas casas antigas têm problemas de canalização, eletricidade ou infiltrações
  • Custos inesperados: mesmo com um orçamento bem definido, podem surgir imprevistos que encarecem a obra
  • Licenças e burocracias: dependendo da localização e do tipo de remodelação, pode ser necessário obter licenças municipais.

 

 

Quanto custa remodelar uma casa?

Os preços das remodelações variam consoante a complexidade das obras, os materiais escolhidos e a área a renovar. Aqui ficam alguns valores médios para remodelações:

  • Renovação simples (pintura, troca de móveis e pequenos ajustes): 80 a 300 euros/m²
  • Remodelação total (canalização, eletricidade, pavimentos, isolamento): 500 a 1.200 euros/m²
  • Reabilitação estrutural completa: pode ultrapassar os 1.500 euros/m².

 

E, se quiser saber quanto pode custar renovar cada divisão, aqui ficam algumas referências:

  • Cozinha: 1.000 a 10.000 euros, dependendo das mudanças feitas (substituição de móveis e eletrodomésticos, novas bancadas, canalização)
  • Sala de estar: 150 a 2.500 euros, consoante a decoração e o tipo de materiais usados
  • Casa de banho: 300 a 5.000 euros, incluindo novos sanitários, azulejos e canalização
  • Quarto: 1.500 a 7.000 euros, dependendo da mudança de móveis e acabamentos
  • Varandas e exteriores: 200 a 3.000 euros, se envolver troca de pavimentos, mobiliário e iluminação.

 

 

Remodelação de varanda e exteriores: o que implica?

Transformar a varanda ou terraço num local agradável não tem de ser caro ou complicado e pode fazer toda a diferença no seu dia a dia. 

 

Limpeza e organização. Comece por livrar-se do que não usa e dê uma boa limpeza ao espaço. Muitas vezes, um simples arranjo já faz diferença.

 

Pintura e revestimentos. Uma nova pintura nas paredes pode renovar o ambiente. Para o chão, considere colocar deck de madeira, relva artificial ou ladrilhos antiderrapantes.

 

Escolha de mobiliário. Prefira móveis resistentes às intempéries e que se adaptem ao espaço disponível. Se a varanda for pequena, opte por cadeiras dobráveis ou bancos com arrumação integrada.

 

Iluminação. Candeeiros de parede, lanternas ou luzes LED criam um ambiente acolhedor para aproveitar as noites ao ar livre.

 

Plantas e decoração. Colocar plantas dá vida ao espaço e melhora a qualidade do ar. Pode ainda adicionar tapetes, almofadas e cortinas para tornar a varanda mais confortável.

 

Privacidade. Se quiser criar um espaço mais resguardado, pode usar treliças com plantas, painéis de madeira ou tecidos para proteger do vento e olhares indiscretos.

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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