O software malicioso pode causar mais do que grandes dores de cabeça – pode originar fraudes. Saiba o que é o malware e como proteger o seu computador e telemóvel destes ataques informáticos.
O termo malware refere-se a um software nocivo que interrompe ou manipula a operação normal de um dispositivo eletrónico. Pode infetar computadores pessoais, smartphones, tablets, servidores e até mesmo equipamentos domésticos — basicamente qualquer que esteja ligado à internet. No malware bancário, captura e retransmite ao atacante os dados de pagamentos e os respetivos códigos de autorização, incluindo cartões.
O malware pode entrar no seu dispositivo enquanto navega em sites pirateados, instala jogos a partir de fontes duvidosas, transfere ficheiros de música infetados, instala novas barras de ferramentas, configura software de uma fonte menos idónea, abre o anexo de um e-mail malicioso ou quando faz download de conteúdo da Internet para um dispositivo que não esteja protegido.
Quando em contexto bancário, é importante entender que entre os vários tipos de malware que podem gerar fraudes, os cibercriminosos só poderão obter o seu dinheiro, ou os seus dados, se tiverem sucesso em enganá-lo de forma a partilhar os seus códigos na aplicação ou web falsa do banco (ou via telefone). O malware é uma das formas como os cibercriminosos podem obter estas informações.
A autorização de pagamentos em geral é efetuada com autenticação forte, com códigos que são enviados para o dispositivo que está na sua posse, por SMS ou notificação na aplicação do Banco.
Quando se trata de malware, é melhor prevenir do que remediar. Incorpore as seguintes dicas na sua vida digital para minimizar o risco e proteger-se contra um possível ataque:
Uma boa prática para estar mais bem protegido até nos casos em que os atacantes já comprometeram os seus códigos de acesso, consiste em validar sempre cuidadosamente todo os SMS ou notificações que recebe com códigos e detalhes do pagamento seguindo estes conselhos simples:
Trata-se de software malicioso projetado para roubar informações financeiras e realizar transações fraudulentas em contas bancárias. O malware é frequentemente disseminado por e-mail, mensagens de texto, aplicações e sites fraudulentos, ao infetar dispositivos móveis e computadores onde se instala. Exemplos comuns são emails com anexos mencionando multas, faturas ou documentos de relativos a impostos.
O malware frequentemente entra nos sistemas a partir de anexos em emails, que quando são abertos executam código que infecta o dispositivo da vítima.
Os perigos do malware bancário são significativos. Uma vez instalado no dispositivo do utilizador, ele pode capturar informações de login, passwords e dados de cartão de crédito, permitindo que os criminosos realizem transações fraudulentas e desviem fundos. Além disso, o malware podem também instalar keyloggers, que registam todas as teclas pressionadas pelo utilizador, permitindo que os criminosos acedam a informações confidenciais.
Frequentemente, o malware quando se ativa depois de infetar o dispositivo, assume uma forma visível e interage com o utilizador, por exemplo, fingindo ser uma atualização do sistema ou a instalação de um módulo de segurança.
No final deste processo os atacantes terão tomado conta do equipamento. Logo que possível irão obter as passwords de acesso ao site do Banco, culminando na solicitação de códigos de autorização de um pagamento que serão enviados para o telemóvel da vítima do ataque.
É comum o malware interagir com o cliente, usando elementos gráficos do canal bancário infetado. Na figura ao lado o malware tenta convencer a vítima que se está a ser levada a cabo uma simulação e que os SMS de validação de operações não têm qualquer ação prática quando, na verdade, o preenchimento do campo que somente o atacante vê, permitir-lhe autorizar uma operação de pagamento no serviço real, consumando a fraude.
Para melhor se proteger do malware bancário, é fundamental adotar medidas de segurança rigorosas. Aqui ficam algumas dicas importantes:
Com o incremento de segurança que representa a autenticação forte – a utilização de 2 elementos de autenticação enviados em separado pelos Bancos – no acesso a contas ou na autorização de pagamentos, a instalação de malware neste tipo de equipamentos é uma solução lógica se pensarmos como um cibercriminoso: se controlar um telemóvel de uma pessoa, ele pode capturar não só as credenciais de acesso a sites ou apps bancárias, como também pode obter os códigos de segurança que são enviadas para o equipamento. O perfeito 2 em 1.
Para além das boas práticas que já vimos acima:
Em resumo, o malware bancário é um perigo real para os utilizadores dos canais bancários digitais. No entanto, cumprindo práticas de segurança de forma rigorosa e seguindo as dicas acima, é possível reduzir significativamente o risco de infeção, protegendo os seus dados e contas bancárias.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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