Imagine que o seu dentista lhe deu a má notícia de que vai perder um dente.
Mas há solução: um implante dentário fixo. Só que o seu médico ainda não sabe bem que implante pode ser feito nem qual o material mais recomendado. Vai ser preciso avaliar algumas condições médicas para fechar o plano de tratamento.
Já está a fazer contas à vida, certo? Estes tratamentos não são baratos e os preços dos implantes dentários têm fama de chegar a várias centenas de euros. O melhor que pode fazer é estar informado sobre os materiais mais adequados ao seu caso, os que podem ter um tempo de vida maior e trazer-lhe mais conforto.
Além da preocupação estética, escolher um implante dentário é uma questão de saúde oral.
Aprenda a compreender as explicações do seu dentista e a perceber as diferentes vias de tratamento em cima da mesa.
Vamos debruçar-nos sobre implantes dentários fixos. Um implante dentário ocupa o lugar onde existia um dente natural e é colocado no osso do maxilar, superior ou inferior.
Ao falarmos de implantes, referimo-nos de forma genérica a duas partes. Por um lado, o implante em si, que corresponde à raiz artificial do dente ausente e tem a forma de um parafuso. Por outro lado, a coroa, que é a prótese e a parte visível de todo o trabalho.
Os materiais usados adaptam-se ao corpo e podem durar muitos anos.
Até há pouco tempo, os implantes mais comuns eram feitos em titânio, um material que se adapta facilmente ao organismo e com grande duração no tempo.
Mas os tratamentos de saúde oral têm evoluído muito e, nas últimas décadas, os implantes de cerâmica tornaram-se mais comuns.
Os implantes de cerâmica têm a vantagem imediata de uma aparência mais natural, em que a cor branca da coroa contrasta com o aspeto metalizado dos implantes de titânio.
Na saúde, há outra vantagem. Com cerâmica, há menor risco de contaminação bacteriana porque o implante fica mais protegido.
No que diz respeito a preços, os implantes de titânio ainda são mais baratos do que os implantes de cerâmica, mas nada como pedir um orçamento.
Há implantes que começam nos 500 euros e outros que chegam a 800 euros, mas tenha atenção ao que está incluído no plano que receber.
Se já tiver um seguro de saúde com cobertura de tratamentos de saúde oral, espreite as condições na rubrica sobre implantologia. Deverá encontrar os custos relacionados com o seu tratamento.
Se está à procura de um novo seguro de saúde para prevenir a necessidade de um implante dentário no futuro, leia a informação sobre o período de carência, ou seja, quando é que pode usar as coberturas depois de aderir ao seguro.
O trabalho começa lá atrás. Antes de pensar no implante fixo que lhe vai ser colocado, tenha em conta que o tratamento só está completo se considerar todo o conjunto – o dente novo e a raiz artificial.
Procure perceber o que está no seu plano de tratamento e comece pelo princípio.
Pergunte ao seu dentista qual o material escolhido para fazer o implante. Esse será o elo de ligação do seu corpo ao dente novo. Vai ser afetado pelos impactos normais dos movimentos que fazemos ao mastigar.
Procure acompanhar o processo de desenho da coroa. Já existem sistemas de scanning digitais que permitem maquetizar o resultado final de forma mais confortável para o paciente do que as técnicas tradicionais com utilização de silicone.
Além da cor, é importante ter atenção à integração do dente novo com os restantes e estudar o impacto que vai ter na função de mastigar.
Além de um sorriso bonito, o objetivo é cuidar da sua saúde.
A realização do implante proporciona uma série de benefícios, que vão muito além da questão estética. Melhora a mastigação, causa menor impacto aos dentes vizinhos e proporciona maior conforto. Uma vez que o dente implantado tem um aspecto natural, contribui ainda para melhorar a confiança e autoestima dos doentes.
Em causa está a ligação do implante, a raiz artificial do dente novo, à coroa ou prótese. Ou seja, como é que a prótese vai ser ligada ao implante – por conexão externa ou interna.
Os estudos de saúde oral permitiram perceber que a conexão interna traz mais vantagens do que a externa, uma melhor integração biomecânica do implante.
A conexão interna também tem outros benefícios, suportando melhor cargas laterais e os micromovimentos da mastigação. Além disso, o implante fica menos exposto à contaminação bacteriana.
Por muito gráfica que possa parecer a explicação, imagine um parafuso que é introduzido no osso do maxilar.
O formato do implante em parafuso é o mais comum e está associado ao sucesso das intervenções por permitir uma maior estabilidade do implante na fase inicial. Também é recomendado por promover uma maior integração do implante com o osso ao longo do tempo.
No que diz respeito ao desenho, deixamos uma dica mais relacionada com a prótese. O dente novo não tem as mesmas defesas do dente natural e fica mais exposto a riscos de inflamação.
É essencial que a coroa seja construída de forma a permitir a boa higiene do dente novo para preservar a saúde oral, o sucesso do tratamento e a duração do implante.
O pilar de conexão é a peça chave deste processo. Ao ligar o implante e a coroa, a escolha do pilar de conexão deve procurar a menor exposição possível a infeções que possam contaminar o implante.
Além disso, o pilar de conexão suporta o impacto da mastigação.
Uma intervenção menos invasiva abre caminho para uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.
Sempre que possível, o ideal é procurar que os implantes sejam colocados sem cirurgia. Em alternativa, explore a possibilidade de fazer uma cirurgia guiada por computador, que evita fazer incisões na gengiva. No pós-operatório, estará a evitar remover pontos e todo o desconforto associado a esse procedimento.
Um implante dentário fixo que é recente ainda não atingiu a estabilidade que vai alcançar com o tempo nem está tão integrado com o tecido ósseo como deverá ficar.
Para garantir o sucesso do tratamento, não deve comer alimentos duros ou que exijam grande esforço de mastigação logo depois de fazer um implante. Deve dar preferência a alimentos líquidos e gelados durante as primeiras 48 horas e a alimentos pastosos até ao fim da primeira semana. Além disso, deve evitar mastigar do lado em que foi feito o implante durante esse período.
Se a intervenção cirúrgica tiver sido mais invasiva, siga todas as indicações do seu médico, em especial, sobre as horas a que deve tomar a medicação recomendada.
Siga também os conselhos dos dentistas e não salte as consultas periódicas, que devem ser feitas a cada 6 meses.
O melhor cuidado a ter na saúde oral é prevenir doenças. Para isso, deve seguir alguns passos diários para uma boa higiene oral:
Não se esqueça de trocar de escova de dentes ao fim de 3 ou 4 meses de utilização. Pode escolher uma escova elétrica, para facilitar a limpeza.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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