A fibromialgia pode comprometer a qualidade de vida dos doentes. Saiba que doença é esta, quais as causas e os sintomas mais comuns.
Sabia que a fibromialgia pode afetar entre 2% a 4% dos adultos, sendo a maioria mulheres, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR)?
Embora tenha sido reconhecida como doença, no final da década de 1970, pela Organização Mundial de Saúde, as suas causas ainda não são claras e o diagnóstico pode demorar algum tempo. Apesar de não existir uma cura, alguns medicamentos e comportamentos podem ajudar a controlar os sintomas da fibromialgia.
A fibromialgia é uma doença crónica caracterizada por dor músculo-esquelética generalizada e difusa, mas também por um aumento da sensibilidade a um conjunto de estímulos que podem causar dor e desconforto. Habitualmente segue um curso flutuante, com períodos de maior intensidade alternados com fases de estabilidade e melhoria.
Ainda existem dúvidas em relação às causas exatas desta doença. Contudo, segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, acredita-se que o aumento da sensibilidade acontece “devido a alterações dos neurotransmissores e do processamento da dor, tanto a nível do sistema nervoso periférico como do sistema nervoso central, que conduz a situações de hipersensibilidade a estímulos externos”.
Além disso, fatores como o stress, traumas físicos e emocionais, assim como algumas doenças imunológicas e endocrinológicas podem favorecer o aparecimento desta doença e o agravamento dos sintomas.
O principal sintoma da fibromialgia é a dor, que pode variar de intensidade ao longo do dia e tende a agravar-se com o stress, o frio ou com a falta de sono. Embora generalizada, a dor pode afetar várias zonas.
Além disso, de acordo com a mesma fonte, a sensação de desconforto piora com o toque e pode ser acompanhada de formigueiros, sensação de adormecimento, tremor, sudação e sensação de rigidez de articulações e músculos.
Outros sintomas frequentes de fibromialgia são:
Por fim, alguns doentes com fibromialgia podem desenvolver depressão ao longo da vida.
Não existe um exame laboratorial ou radiológico que permita confirmar um quadro de fibromialgia. Assim, de acordo com a Abordagem Diagnóstica da Fibromialgia, a confirmação deve ser feita com base nos seguintes critérios:
Além disso, é importante realizar exames complementares, de forma a excluir outras doenças que possam estar na origem dos sintomas, tais como doenças reumáticas, neurológicas, endócrinas ou musculares.
A fibromialgia não tem cura e os tratamentos focam-se, sobretudo, no alívio da dor, na redução da ansiedade e na melhoria do sono. Podem dividir-se entre farmacológicos e não farmacológicos.
A abordagem farmacológica deve ser adaptada a cada doente, de acordo com os sintomas apresentados. Apesar de não existirem medicamentos específicos para tratar a fibromialgia, os sintomas podem ser aliviados através da toma de analgésicos, relaxantes musculares ou antidepressivos. Recordamos que o tratamento deve sempre ser prescrito por um médico.
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, os tratamentos não farmacológicos passam por:
A prática de exercício físico é essencial, uma vez que diminui a tensão muscular, a ansiedade, o stress e melhora o sono. Tal como no tratamento farmacológico, o exercício físico deve ser adaptado a cada doente. Segundo a SPR, alguns exercício recomendados são:
O tratamento deve sempre ser prescrito pelo seu médico assistente e adaptado à etapa da doença.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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