Conheça as vantagens dos carros elétricos para o ambiente e para a sua carteira e descubra o que os torna nos automóveis do futuro.
São ecológicos, económicos e vieram para ficar. As vantagens dos carros elétricos não se esgotam nas questões ambientais e, talvez por isso, estes veículos estejam a conquistar cada vez mais portugueses.
Em outubro deste ano assiste-se ao anúncio de um novo recorde de vendas de carros elétricos em Portugal. Foram comercializados 1673 carros em outubro de 2024, o que indica um crescimento homólogo no valor do dobro face a outubro do ano anterior (104%), com o setor a antecipar que, em novembro, se ultrapasse o valor global de vendas face a todo o ano de 2023. Não há dúvidas que a tendência não é passageira, até porque as vantagens para a aquisição e utilização destas viaturas - para particulares, mas também para as empresas - são bastante significativas.
Quando se fala em carros elétricos, há que distinguir os veículos 100% elétricos dos híbridos. Um automóvel totalmente elétrico é alimentado pela energia elétrica que é armazenada nas baterias.
Os carros elétricos não têm outros motores de combustão nem produzem emissões de dióxido de carbono (CO2). É por isso que este tipo de veículos recebe mais incentivos fiscais do que os híbridos ou híbridos plug-in, que combinam a eletricidade com gasolina ou gasóleo.
O carregamento pode ser feito em casa ou nos postos de carregamento rápido que existem em todo o país, como pode ver neste mapa em constante atualização.
Esta é uma informação importante porque estes veículos têm uma autonomia limitada. Ou seja, se for feita uma viagem longa (em média mais de 400 km num dia), terá de parar para carregar as baterias.
A autonomia destes carros é maior nos modelos mais recentes. Além disso, têm um sistema de regeneração que permite aproveitar as travagens para gerar energia e ir, assim, carregando a bateria e aumentando a autonomia.
Sem poluição e sem ruído, os carros elétricos são, realmente, a melhor opção para quem se preocupa com as questões ambientais.
Como não têm emissões, não há libertação de CO2 para a atmosfera. Já nos automóveis com motores de combustão, para além do dióxido de carbono (CO2) - com valores a partir de 95 g/km - há emissões de monóxido de carbono, hidrocarbonetos, dióxido de enxofre, aldeídos e óxido de nitrogénio.
A pegada ambiental das viaturas elétricas ocorre apenas se a eletricidade usada for obtida através de combustíveis fósseis. No entanto, e dado que em Portugal, desde o início de 2024, mais de 80% da energia elétrica tem como origem fontes renováveis, o impacto ambiental será sempre menor do que o de um carro convencional.
Falemos, para já, apenas das despesas quotidianas e deixemos a parte dos impostos (ou da ausência deles, em alguns casos) para mais tarde.
Qual o consumo do seu carro atual? Acha que tem uma boa média e que até é económico? Talvez sim, mas vamos a números para que a comparação seja mais fácil.
A UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos criou um modelo de análise do custo para percorrer 100 km e que é atualizado regularmente. Os valores mais recentes, apresentados abaixo, datam de 6 de dezembro de 2024.
Outra das vantagens dos carros elétricos é que alguns municípios concedem isenção de pagamento ou descontos no valor do estacionamento.
Os custos de manutenção são igualmente reduzidos. Mudanças de óleo, filtros, correias ou velas são despesas que deixará de ter. As revisões acontecem a cada 50 mil quilómetros e a travagem regenerativa permite também poupar nas pastilhas e nos pneus.
Se poupar em combustível e ir menos vezes à oficina lhe parece uma boa ideia, o que dizer de pagar menos impostos? Na verdade, ao comprar um carro 100% elétrico começa logo a poupar, já que tem isenção de Imposto sobre Veículos (ISV), o imposto que é cobrado sempre que se adquire um carro novo e que está já incluído no preço do veículo.
O IUC (Imposto Único de Circulação), que é pago anualmente no mês de aniversário da viatura, também não é cobrado a quem tem carros elétricos.
Este ano, o Governo destinou 20 milhões de euros em 2024 e outro valor semelhante em 2025 para incentivar a aquisição de veículos amigos do ambiente. Destes, 6,2 milhões destinam-se a apoiar a compra de elétricos por particulares, por Instituições Particulares de Solidariedade Social e outras entidades de cariz solidário e social, uma verba reforçada em mais de um milhão de euros face a 2023.
Contudo, ao contrário da prática anterior, o teto máximo de custo do veículo cai para cerca de metade: carros elegíveis devem ter custado um total de 38.500 euros e não 62.500, podendo receber um subsídio de até quatro mil euros.
Aceder aos benefícios, cujas candidaturas podem ser feitas através do Fundo Ambiental, obriga ainda à entrega para abate de uma viatura a combustíveis fósseis com mais de dez anos.
Existe ainda o incentivo atribuído pelo Fundo Ambiental, para quem comprar um carro novo 100% elétrico. Mantenha-se atento à página de avisos do Fundo Ambiental, porque as candidaturas costumam abrir em março.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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