Reduzir a nossa pegada ecológica é considerada das medidas mais significativas para baixar as emissões de dióxido de carbono na Terra. Vivemos em tempos em que é preciso repensar hábitos diários e como podemos adaptá-los a um planeta em necessidade de mudança.
Este artigo é uma oportunidade para se informar sobre o que é a pegada ecológica e como pode fazer a diferença.
A pegada ecológica é um conceito desenvolvido e reconhecido a nível internacional pela Global Footprint Network, plataforma que reúne conhecimento sobre sustentabilidade.
A pegada ecológica é um indicador que compara a quantidade de recursos consumidos por cada indivíduo com a biocapacidade do planeta Terra, isto é, a produção de recursos renováveis que consumimos.
Ao analisar e calcular a pegada ecológica de cada cidadão, conseguimos investigar de que forma e com que intensidade é que os recursos mundiais estão a ser utilizados.
A grande questão é a seguinte: qual a quantidade de recursos naturais de que precisamos para sustentar o consumo da população mundial?
Se estamos a exceder estes recursos, então como podemos mudar hábitos de forma a reduzir a nossa própria pegada ecológica?
Quer saber como diminuir a sua pegada ecológica? O primeiro passo é calculá-la. Calcular a sua pegada ecologia é bastante simples, basta fazer uma avaliação dos seus hábitos alimentares, serviços e transportes que utiliza, a sua casa ou apartamento etc...
Hoje em dia, existem diversas ferramentas para calcular a sua pegada ecológica. Experimente calcular na Global Footprint Network – avalie com precisão todos os critérios e terá um resultado bastante fiável.
A boa notícia é que há alterações que podemos começar a fazer já hoje, dentro de casa, no trabalho, na alimentação e em muitas outras áreas. Por vezes, são até mudanças pequenas mas o seu impacto é grande.
O que pode fazer dentro de casa?
1. Recicle
Reciclar é um processo que é conhecido já há muito tempo como sendo uma grande ajuda para o ambiente. Não custa nada.
Nas lojas de produtos domésticos, encontrará uma grande diversidade de recipientes práticos ter na cozinha e facilitar a separação do lixo.
Separe os seus resíduos de acordo com a sua composição e coloque no respetivo contentor – o ambiente agradece.
2. Lave a roupa com menos frequência
Algumas máquinas de lavar roupa podem gastar cerca de 120 litros e água por cada lavagem. Outras, mais eficientes, gastam cerca de 50 litros em cada utilização.
Junte a roupa que precisa de lavar durante períodos mais longos para evitar fazer máquinas de roupa abaixo da capacidade e não fazer lavagens desnecessárias.
Vai ver que não só as suas roupas durarão mais tempo como será uma grande contribuição para a redução da sua pegada ecológica.
3. Tome duches mais rápidos
Sabia que um duche de 5 minutos utiliza um terço da água usada para um banho de imersão?
Substituir o seu chuveiro por um de pouco fluxo e pressão é também uma forma útil de reduzir os seus gastos de água diários.
Não se esqueça de fechar a torneira quando não precisar da água a correr. Aplique este conselho também quando lava as mãos e os dentes.
4. Plante um jardim
Não tem nenhum terraço? Não se preocupe. Hoje em dia, há várias manerias de plantar o seu próprio jardim na sua varanda, por mais pequeno que seja o espaço. Pesquise algumas recomendações do que pode plantar e descubra a forma mais eficiente de tornar o seu lar num local agradável, ecológico e acima de tudo mais sustentável.
5. Junte-se às organizações mais sustentáveis
Preferir empresas que têm preocupações ambientais é uma forma de manifestar a importância deste tema na sociedade e partilhar o compromisso da mudança.
Pode escolher, por exemplo, um banco sustentável. No caso do Santander, as preocupações com a sustentabilidade dos nossos recursos já levaram a criar um fundo de investimento em organizações com políticas ambientais fortes.
No Santander, os cartões são agora biodegradáveis, para que não deixem rasto depois de terminar o seu tempo de vida. E no caso dos cartões anteriores, é o único banco em Portugal com um programa para recuperar os que ficam capturados nos multibanco, reciclá-los e usar os seus resíduos para produzir móveis.
O que pode fazer nas suas deslocações?
6. Organize o seu dia
Se tem várias tarefas ao longo da sua semana, experimente organizar-se para as despachar num só dia. Para além de poupar tempo, evitará deslocar-se de carro desnecessariamente.
Não se esqueça que quanto menos conduzir, menor será a sua pegada ecológica.
7. Desloque-se de bicicleta ou a pé
Sempre que possível, evite deslocar-se de carro ou transportes. Explore as alternativas disponíveis na sua cidade. As bicicletas ou trotinetes elétricas são duas opções amigas do ambiente, económicas e bastante práticas.
8. Invista num carro elétrico
Se tem possibilidades e está a precisar de mudar de carro, invista num carro elétrico. Já estão disponíveis várias opções (e algumas delas relativamente acessíveis) que ajudam significativamente a reduzir as emissões de CO2.
Nas compras, também pode fazer a diferença.
9. Evite comprar fast fashion
A indústria da moda é responsável por 10% das emissões de CO2 no planeta.
Faça uma pesquisa sobre as marcas onde compra a sua roupa. O que fazem para proteger o ambiente? De onde vêm os materiais utilizados na roupa que fabricam? Ainda que as marcas de roupa ecológicas possam ser mais caras, são de melhor qualidade e de maior duração.
A longo prazo, o investimento em marcas amigas do ambiente pode ser bastante benéfico para si e para o planeta.
10. Faça as suas compras com sacos reutilizáveis
Levar para o supermercado ou para as suas compras sacos reutilizáveis é crucial para uma redução do consumo de plástico. Um saco de plástico demora cerca de 500 anos, ou mais, para se decompor.
Também já existem lojas que aceitam que os clientes levem as suas caixas para pesar e acondicionar os alimentos frescos.
11. Escolha bem as suas compras online
Desde a produção e embalagem do produto ao transporte, comprar online pode ter impactos grandes no ambiente.
Considere deslocar-se à loja para fazer a sua compra, se vir que o impacto ambiental da sua deslocação compensa o da entrega da encomenda em casa. Veja também quais as políticas das empresas onde compra online sobre as entregas, algumas já compensam as emissões de carbono dessas deslocações com outras ações.
12. Compre em segunda mão
Existem várias opções para comprar em segunda mão. A grande vantagem é que estará a dar uma segunda vida aos produtos que resgata do lixo e a prolongar a sua duração no tempo.
Existem várias plataformas onde pode encontrar, por exemplo, roupa em segunda mão. É uma forma de evitar o desperdício e reaproveitar peças que estão sem ser usadas no armário de outras pessoas. Ao ajudar o ambiente, ainda pode conseguir poupar algum dinheiro!
Na alimentação, há todo um mundo por descobrir
13. Beba água da torneira
Evite comprar garrafões de plástico cada vez que vai ao supermercado, se pode beber a água da torneira de sua casa.
Se não conseguir, pode sempre reutilizar os garrafões e voltar a enchê-los. Informe-se junto da sua câmara municipal ou junta de freguesia para saber se existem locais onde pode ir buscar água boa para beber e cozinhar.
14. Reduza o desperdício alimentar
Tenha atenção ao desperdício. Leve os restos do jantar que tem no frigorifico para o almoço do dia seguinte no trabalho, aproveite o que tem na dispensa, evite cozinhar a mais para que não se estrague.
Antes de ir às compras, veja o que ainda pode fazer com os frescos que tem em casa. Esteja atento às datas de validade dos alimentos, mesmo quando os escolhe no supermercado.
15. Coma menos carne
Um estudo de 2018 da Universidade de Oxford mostrou que reduzir o consumo diário de carne e laticínios tem um impacto bastante positivo na redução da pegada ecológica.
Vários estudos provaram que a agricultura industrial é a maior causa da extinção animal devido à deflorestação, causada pela limpeza das terras para a criação de gado. Além disso, as vacas são animais que emitem grandes quantidades de metano (gás de efeito estufa). A indústria da criação animal é responsável por uma parte significativa das emissões de CO2 no mundo.
Explore uma dieta vegetariana e tente introduzir na sua alimentação alguns dias sem carne, fazendo refeições com vegetais. Existem vários recursos online que podem inspirar uma alimentação mais verde.
16. Não às palhinhas descartáveis
Já existem leis para evitar os plásticos de uso único nos restaurantes, das palhinhas para as bebidas aos pratos descartáveis.
É uma regra que pode alargar à sua vida. Evite também os sacos de plástico para congelar alimentos, que, de modo geral, são descartados depois da primeira utilização. Prefira caixas ou embalagens de silicone.
E quanto às palhinhas, pode sempre comprar uma reutilizável. É uma opção económica e um objeto que pode levar facilmente na sua mala ou mochila.
17. Compre uma garrafa reutilizável
Evite garrafas de plástico descartáveis – os oceanos agradecem. Ter uma garrafa reutilizável é também uma ajuda para lembrar que devemos beber cerca de 2 litros de água por dia.
Sinta-se útil e passe a palavra
18. Informe-se
O primeiro passo para reduzir a sua pegada ecológica é informar-se sobre o seu próprio impacto no planeta. Mais uma vez, faça contas com uma calculadora da pegada ecológica e uma calculadora do uso de plástico, podem ser um bom começo.
Consulte as informações do movimento Earth Day e conheça os 13 objetivos das Nações Unidas para combater as alterações climáticas.
19. Apoie uma instituição dedicada ao ambiente
Pode fazer uma doação a uma instituição que apoie o ambiente e que esteja dedicada a encontrar soluções para preservar o planeta.
A Associação Zero, por exemplo, defende uma participação pró-ativa na defesa dos valores da sustentabilidade em Portugal, tem iniciativas públicas para impulsionar alterações legislativas e para mobilizar a sociedade.
20. Faça voluntariado
Experimente fazer voluntariado numa organização sem fins lucrativos que se dedica à luta da preservação do ambiente, vai estar mais preparado para começar a fazer alterações nos seus hábitos diários e para espalhar a palavra aos seus amigos e família.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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