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Terapia ocupacional: o que é e quais as saídas profissionais

25 set 2023 | 5 min de leitura

Gostava de saber se a terapia ocupacional é uma profissão adequada ao seu perfil? Descubra neste artigo.

É uma profissão que pode ser exercida em hospitais, clínicas, mas também escolas, empresas e estabelecimentos prisionais. Promove o bem-estar e a qualidade de vida de pessoas com lesões neurológicas e musculares, mas também de quem sofre de doenças psiquiátricas e atrasos no desenvolvimento.

 

Se esta é uma saída profissional que lhe interessa, iremos explorar o que é a terapia ocupacional, o seu impacto nos pacientes, como trabalham os terapeutas desta área, os cursos disponíveis e as saídas profissionais.

 

 

O que é a terapia ocupacional?

A terapia ocupacional é uma área da saúde que trata da avaliação, prevenção, tratamento e habilitação de pessoas em risco ou com disfunção ocupacional, na realização das ocupações do quotidiano que considerem significativas.

 

Como explica a Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais, “entende-se por ocupação tudo aquilo que a pessoa realiza com o intuito de cuidar de si própria (autocuidados), desfrutar da vida (lazer) ou contribuir para o desenvolvimento da sua comunidade (produtividade)”. Assim, tanto podemos falar da realização de tarefas elementares do dia a dia, como vestir-se ou alimentar-se, ou de outro tipo de atividades mais complexas, como trabalhar ou conduzir um automóvel.

 

A terapia ocupacional tem o objetivo de:

 

  • Promover a autonomia das pessoas no desempenho das atividades quotidianas (higiene e alimentação, por exemplo)

 

  • Fomentar a estimulação cognitiva, exercitando a memória, a atenção e a capacidade de resolução de problemas

 

  • Estimular o desenvolvimento de competências psicossociais e motoras, como a força muscular, a amplitude de movimento, o equilíbrio, a motricidade fina, a destreza manual e a coordenação global

 

  • Trabalhar a área da estimulação sensorial

 

  • Promover a adaptação ao ambiente através da identificação de barreiras em casa ou da utilização de ajudas técnicas e de produtos de apoio ao paciente.

 

 

Qual a importância da terapia ocupacional

A terapia ocupacional dedica-se a potenciar a saúde e o bem-estar de indivíduos, grupos e organizações. Atua na prevenção, tratamento e reabilitação de pessoas cuja capacidade para realizarem atividades do dia-a-dia foi afetada por acidentes traumáticos, cirurgias, doenças ou alterações genéticas. Tem um papel essencial nas seguintes situações:

 

  • Reabilitação física, ajudando pessoas com lesões, doenças ou deficiências físicas a recuperarem a sua independência e funcionalidade

 

  • Melhoria da saúde mental, ensinando estratégias a pessoas com ansiedade, depressão, stress e outras condições, para que consigam melhorar a sua qualidade de vida

 

  • Desenvolvimento de competências sociais e emocionais, nomeadamente no caso de crianças com atrasos no desenvolvimento, deficiências ou transtornos do espetro do autismo, melhorando as suas capacidades motoras, de comunicação e de interação social, por forma a que consigam a participar nas atividades escolares e quotidianas.

 

 

Como é que o terapeuta ocupacional exerce a sua atividade

A abordagem da terapia ocupacional “avalia e intervém com a pessoa, nas suas ocupações e ambiente”, explica a Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais. Isto implica que o profissional analise as exigências físicas, cognitivas, afetivas e sociais da ocupação do paciente, adaptando-as às suas necessidades.

 

A intervenção tem em conta, também, o papel do ambiente, no sentido de se perceber se aquele potencia ou não o envolvimento da pessoa nas ocupações. Dependendo deste fator, o terapeuta pode decidir remover barreiras físicas e sociais, adaptar e conceber novos espaços ou implementar “programas e abordagens que promovam a justiça ocupacional e o exercício da cidadania”.

 

É também possível que este profissional exerça um papel na “gestão e nas políticas de desenvolvimento de organizações de âmbito local, regional, nacional e internacional”, por forma a garantir o desenvolvimento mais saudável de quem acompanha.

 

 

A quem se destina a terapia ocupacional

A terapia ocupacional destina-se a todos os que estejam em risco ou sofram de disfunção ocupacional, sejam crianças, adultos ou idosos. É uma área de intervenção que se adapta a diversos contextos e que trabalha sobretudo com:

 

  • Pessoas com atraso de desenvolvimento, sejam dificuldades de aprendizagem, síndrome de Down, deficiência mental, hiperatividade e déficit de atenção, atraso global no desenvolvimento psicomotor, paralisia cerebral ou perturbação do espetro do autismo

 

  • Pessoas com lesões músculo-esqueléticas, como sequelas de fraturas, tendinites, artrite reumatoide, lombalgias e dorsalgias, artroses, síndrome do túnel cárpico, queimaduras ou fibromialgia

 

  • Pessoas com lesões neurológicas fruto, por exemplo, de um acidente vascular cerebral (AVC), um traumatismo craniano encefálico, lesões vertebro-medulares, doença de Parkinson, esclerose múltipla, e doença de Alzheimer

 

  • Pessoas com doenças psiquiátricas e outros problemas de saúde mental, como perturbações do comportamento alimentar (bulimia e anorexia), perturbações de humor, esquizofrenia, depressão, ansiedade, perturbações do sono e perturbações de personalidade.

 

Como é que o terapeuta ocupacional pode ajudar alguém que tenha tido um AVC ou é autista?

No caso de uma pessoa que tenha sofrido um AVC, a terapia ocupacional pode recorrer a atividades que contribuam para o fortalecimento muscular, a mobilidade e o equilíbrio. Os terapeutas podem ensinar-lhe estratégias para o dia a dia, como utilizar apenas uma mão para cortar alimentos ou para escrever no computador. É possível, também, que utilizem equipamentos que possibilitem ao doente realizar as suas tarefas de forma autónoma, como barras de apoio para o banho ou calçadeiras com cabo mais grosso.

 

A abordagem é bastante distinta ao tratar-se de uma criança com perturbação do espetro de autismo. Nessa situação, os profissionais podem recorrer a jogos e brincadeiras que a ajudem a desenvolver competências físicas, sensoriais e cognitivas. Mas não só: o terapeuta procura sempre que o menor se sinta confortável com novas experiências sensoriais e que participe progressivamente em tarefas associadas ao autocuidado, à vida escolar e às brincadeiras.

 

 

Quais são os cursos de terapia ocupacional em Portugal?

Quem pretende exercer esta profissão deve fazer uma licenciatura em Terapia Ocupacional. De acordo com a Direção-Geral do Ensino Superior, este curso está disponível nas seguintes instituições:

 

  • Instituto Politécnico de Beja - Escola Superior de Saúde
  • Instituto Politécnico de Leiria - Escola Superior de Saúde
  • Instituto Politécnico do Porto - Escola Superior de Saúde
  • Escola Superior de Saúde do Alcoitão
  • Escola Superior de Saúde de Santa Maria.

 

Uma vez concluído este ciclo de estudos, e para exercer a profissão, os licenciados devem ter uma cédula profissional. O documento é emitido pela Administração Central do Sistema de Saúde.

 

 

Quais são os empregos para quem se licencia na área?

Os terapeutas ocupacionais podem exercer a sua atividade em contextos muito distintos, tais como:

 

  • Trabalho junto da comunidade
  • Cuidados continuados
  • Apoio domiciliário
  • Hospitais
  • Centros de reabilitação
  • Centros de saúde
  • Saúde ocupacional
  • Jardins de infância
  • Escolas do ensino regular e especial
  • Instituições para idosos
  • Estabelecimentos prisionais
  • Instituições de atendimento a toxicodependentes.

 

 

O terapeuta ocupacional trabalha sozinho?

Não necessariamente. Tanto pode exercer a sua atividade individualmente ou estar integrado numa equipa multidisciplinar. Tudo depende do programa de intervenção definido ou da organização com a qual colabora.

 

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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