Com nomes exóticos e sabores e texturas pouco comuns na gastronomia tradicional, os superalimentos estão na moda e já fazem parte da ementa de muitos portugueses.
Deve, no entanto, ter em conta que, apesar de serem “super”, estes alimentos não são uma espécie de remédio milagroso, nem se substituem a um estilo de vida equilibrado. E que, tal como todos os produtos que consome, o seu uso deve ser moderado.
Se sente curiosidade ou se pretende integrar novos alimentos nas suas ementas, fique a conhecer os superalimentos mais em voga e os benefícios que podem trazer à saúde.
Considera-se um superalimento aquele que possui um nível elevado de determinado nutriente, como vitaminas, minerais, fibras ou químicos de origem vegetal.
A lista de superalimentos está constantemente em atualização, não só porque se vão descobrindo as propriedades nutricionais de mais alimentos, mas também pelo motivo inverso. Isto é, porque se percebe que o consumo de determinado alimento pode não ser tão benéfico como se pensava.
Os conhecimentos em termos de nutrição, tal como em qualquer área da saúde, estão em constante evolução e aperfeiçoamento, pelo que é importante manter-se informado e consumir estes alimentos com moderação.
Vejamos, então, alguns dos superalimentos mais conhecidos e as suas principais características. Aprenda, também, como integrá-los nas suas refeições.
O chá verde normal tem uma grande concentração de catequinas, que lhe conferem propriedades antioxidantes. O matcha, que é um chá verde em pó usado no Japão, tem o triplo de catequinas e elevadas quantidades de cafeína, além de vitamina C, fibras e clorofila. É também rico em L-teanina, um aminoácido que promove o relaxamento e está associado ao aumento do desempenho em funções cognitivas.
O matcha pode ser bebido em chá, mas também adicionado a gelados ou iogurtes.
É um dos superalimentos mais populares em Portugal. Este fruto originário da Amazónia tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, devido à presença de flavonoides. Também auxilia na redução dos índices de LDL – o colesterol "mau".
Proteínas, fibra, ácidos gordos, fitonutrientes, vitamina C, ferro, fósforo, cálcio e potássio também estão presentes na composição do açaí, fazendo com seja um alimento bom para cérebro, e ainda para para prevenir anemias, tonificar, e para regular o metabolismo.
Esta fruta pode ser consumida simples, em batidos ou com iogurte e granolas, por exemplo.
A riqueza de proteínas e de ácidos gordos e os elevados níveis de vitamina E, potássio, fósforo, magnésio e ferro tornam as sementes de cânhamo num superalimento com benefícios ao nível cardiovascular e muscular.
O teor proteico faz com que sejam uma boa opção para quem consome pouca carne ou peixe. Podem ser usadas em sopas ou papas de aveia, mas também misturadas com iogurtes.
Ainda no que diz respeito a sementes, as de chia e de linhaça, pela sua riqueza em ómega 3, antioxidantes, cálcio, proteínas, fibras, vitaminas e minerais, são também uma boa opção para quem se interessa por superalimentos.
As bagas de goji, apesar de serem originárias da China, também se popularizaram junto dos adeptos da alimentação saudável em Portugal. Usam-se, na sua forma desidratada, em saladas, batidos e com iogurtes, mas também em pão ou bolachas.
A presença de aminoácidos, fibra e ferro fazem deste alimento um bom aliado para prevenir diabetes e hipertensão. Os antioxidantes presentes na sua composição são úteis no combate ao envelhecimento da pele.
A palavra quinoa é quase sinónimo de superalimento e de alimentação saudável. A quinoa é um grão rico em ácidos gordos, Ómega 3 e 6, vitaminas A, C e E, fibra, ferro, fósforo, magnésio e antioxidantes.
Tem como vantagem adicional o facto de não ter glúten - o que a torna uma escolha adequada para celíacos - e de constituir uma boa fonte de proteína. A quinoa pode ser servida para acompanhar carne e peixe, sendo assim uma alternativa ao arroz, massas ou batatas, mas pode igualmente ser usada em saladas.
É mais um superalimento bastante em voga, numa altura em que há cada vez mais interesse pelas propriedades nutricionais das algas. No caso da spirulina, o facto de ser bastante rica em proteína faz com que seja muito procurada por desportistas e por quem pretende ganhar massa muscular.
É também rica em aminoácidos essenciais, vitamina A1, B1, B6, E e K, possuindo igualmente boas quantidades de vitamina B12, ferro, ómega-6 e antioxidantes Tudo isto faz com que lhe sejam apontadas capacidades anti-inflamatórias, antialérgicas, desintoxicantes e antibacterianas.
É vendida sobretudo em pó, que pode ser usado em batidos, sumos ou até sopas.
A clorela é outra alga cujas propriedades em termos de nutrição começam agora a ser descobertas. É rica em vitaminas, minerais, ácidos gordos e antioxidantes. Kombu e a wakame são outros tipos de algas que podem ser usadas na cozinha e que têm propriedades desintoxicantes.
A aveia também está na lista de compras de muitos portugueses, que já se habituaram a consumi-la em substituição dos cereais que eram comuns ao pequeno almoço.
As papas de aveia são simples de fazer, bastando cozer a aveia em água ou leite. Também pode ser consumida crua, juntamente com fruta ou iogurtes.
É um alimento rico em fibra, magnésio, potássio e fitonutrientes, que ajuda a reduzir o colesterol e a prevenir problemas cardiovasculares.
Antes de experimentar qualquer um destes superalimentos, garanta que se inserem numa dieta equilibrada e que não tem qualquer condição médica que possa ser prejudicada pela sua utilização.
Converse com o seu médico ou marque uma consulta de nutrição para perceber se estes superalimentos são benéficos para si ou se, pelo contrário, podem agravar algum problema de saúde.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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