A 94.ª edição da Feira do Livro de Lisboa começa a 29 de maio. Conheça as sugestões de livros no instagram Literacidades.
A Feira do Livro é o sítio perfeito para um passeio, mas para as pessoas apaixonadas por livros é imperdível!
Se gosta de ler e é apaixonado por literatura, não pode perder esta edição da Feira do Livro de Lisboa. Se não é o maior aficionado por livros avisamos que se for até lá existem fortes probabilidades de se tornar. É o local ideal para si e também para os mais pequenos. E não se esqueça que na Hora H adquirir livros é ainda mais em conta.
A 94.ª edição da Feira do Livro de Lisboa acontece no Parque Eduardo VII, de 29 de maio a 16 de junho.
Todos os dias pode assistir à apresentação de livros, sessões de autógrafos, clubes de leitura, debates, e usufruir de descontos e promoções.
E em caso de dúvida sobre que livro comprar? Pode sempre optar pelo Livro do Dia. Para isso basta escolher a editora que pretende e ver que livros estão destacados como Livro do Dia. Esses livros estão disponíveis a preços mais baixos. Os livros do dia são alterados todos os dias.
A Feira do Livro de Lisboa é pensada para todas as pessoas. Para além de ser um evento gratuito, com bons acessos e no coração de Lisboa, também conta com uma programação especial, dedicada ao público infantil, e permite levar o seu animal de estimação.
Agora que já sabe todas as informações úteis sobre a Feira do Livro de Lisboa, vamos ao que interessa: que livros comprar?
Se não sabe que livros comprar ou se pelo contrário, quer comprar todos e mais algum, mas não se consegue decidir, nós vamos ajudá-lo e dar-lhe algumas recomendações sobre que livros pode encontrar e comprar nesta 94.ª edição da Feira do Livro de Lisboa.
A história passa-se em finais dos anos 70, no Caniço, uma cidade costeira na ilha da Madeira. Conta a história de uma inesperada amizade entre Ana Clara, uma rapariga estranha que não fala e que passa os dias à janela, e Anita Fontoura, vítima de uma solidão imposta pelo marido.
“É um livro brilhante, uma escrita surpreendente, uma história que nos diz algo a todos, mulheres ou homens, tenhamos a idade que tenhamos ou tenha a vida marcado a nossa história de que forma seja”, pode ler-se no literacidades.
Um livro que conta a história de amor arrebatadora entre dois soldados na Primeira Guerra Mundial. Henry Gaunt e Sidney Ellwood são dois jovens privilegiados, colegas num colégio interno inglês, secretamente apaixonados um pelo outro. Quando a mãe de Gaunt lhe pede para se alistar como oficial no exército britânico para proteger a família dos ataques anti-alemães, este alista-se imediatamente. Embora Gaunt tente dissuadir Ellwood de se juntar a ele no campo de batalha, este depressa se apressa a juntar-se. Uma vez nas trincheiras, Ellwood e Gaunt encontram momentos fugazes de consolo um no outro, mas os seus amigos estão todos a morrer, mesmo à sua frente, e a qualquer momento podem ser os próximos.
“Ficar a ler um livro até às tantas da manhã, quando no dia seguinte nos levantamos cedo? Aposto que conhecem a sensação. Pois foi isso mesmo que me aconteceu com “In Memoriam.” Virava as páginas a um ritmo quase bélico porque me importava mesmo perceber o que acontecia a Henry e Ellwood.
O ambiente das universidades inglesas é sempre um fator aliciante, e se juntarmos uma comunidade gay muito inusitada - as relações de força que se medem muitas vezes através da sexualidade - então temos pano para uma bela história”, pode ler-se no literacidades.
A narrativa passa-se em 1962 e acompanha o jovem casal Edward e Florence na sua noite de núpcias. A história desenrola-se praticamente nessa noite e, através de flashbacks, somos apresentados aos acontecimentos que precederam aquele momento. Edward é de classe média baixa, enquanto Florence é filha de um industrial e de uma professora de Oxford. Dois mundos distintos, separados pelas diferenças sociais e por uma série de incongruências que acabam por colidir naquele dia. Nessa noite, ambos serão confrontados com segredos, traumas e inseguranças que poderão se tornar irreconciliáveis.
“Não há nenhum segundo que não nos altere a vida. É um lugar comum dizê-lo: a escolha entre o ali ou o aqui, dizer ou não dizer, sentarmo-nos ou sairmos. São os breves gestos do dia que nos eternizam e sobre isso já se vem falando desde o início dos tempos. Não há nada de novo.
Mas isto é diferente. Em poucas páginas, Ian McEwan leva-nos para o território cruel da palavra não dita. Conduz-nos pela omissão, pela estreiteza de uma visão moldada a estereótipos que cortam a felicidade pela raiz.
É genial a forma como McEwan nos interrompe a esperança, para nos pôr num território muito pouco confortável que é o da frustração. Bastava ter sido dito uma palavra, mesmo que fosse ainda na praia, pois naquela noite ainda tudo era possível”, pode ler-se no literacidades.
Esta é a história da improvável amizade que decorre na ilha de Santiago, Cabo Verde, entre o jovem Charles Darwin e Siríaco, um velho negro, ex-escravo, que sofre de vitiligo. No romance, Siríaco acompanha a Família Real na fuga para o Brasil, em novembro de 1807. Durante a paragem na vila da Praia, ilha de Santiago, apaixona-se — e decide abandonar tudo e ficar em Cabo Verde. Em 1832, torna-se intérprete e ajudante do jovem Darwin e, entre ambos cresce uma relação de confiança e amizade. O jovem Charles é inexperiente, mas ambicioso, refletindo sobre o que vê, sobre a vida que deixou em Inglaterra e o desejo de se tornar um naturalista de renome. Siríaco já é um velho de 60 anos, desencantado, que também reflete sobre a sua vida improvável, desde a escravatura no Brasil, passando pela corte e pelos anos que já vivera na vila da Praia.
“Um romance que nos põe a pensar no respeito perante o outro e as suas diferenças. Aqui cruzam-se duas personagens: Charles e Siríaco. Charles é Darwin, o famoso naturalista, biólogo e geólogo inglês, a quem devemos as mais importantes teorias acerca de quem somos.
É um livro para ler com calma, para saborear cada descrição de ambiente. Nascido em Cabo Verde, Joaquim Arena traz-nos a voz daquele arquipélago como nenhum outro. Recebeu o Prémio Oceanos em 2023 e que bem entregue ficou, ao mesmo autor que já nos tinha encantado com o seu “Para onde voam as tartarugas”, pode ler-se no literacidades.
A 25 de Agosto de 1987, o médico colombiano Héctor Abad Gómez é assassinado por paramilitares na cidade de Medellín, a poucos dias de umas eleições em que era candidato. Seis balas na cabeça puseram fim a uma vida de luta contra a opressão e a desigualdade social, num país amordaçado pelo narcotráfico e pela política suja. Vinte anos depois, o filho, o escritor Héctor Abad Faciolince, decidiu contar a história do pai até ao terrível epílogo.
“Angustia-me muito o esquecimento dos outros. Não o meu, porque não o sentirei. Mas o dos outros, que à data em que desaparecem do mundo são lembrados por inteiro, mas cuja presença depois se vai esfumando, até que se tornem uma inevitável memória, e depois nem isso.
Recuemos até trás, nas nossas famílias. Até onde conseguimos ir? Com o seu desaparecimento, a minha avó levou muitas mais histórias do que as que me deixou, sobre os meus bisavós e trisavós. Conheço-os por fragmentos das suas vidas e depois de mim o seu esquecimento será maior, até ser total.
Neste livro, um filho tenta resgatar um minuto mais ao esquecimento para onde a morte atirou o seu pai. Conta-lhe a vida, este filho devoto, para que fique escrita e a consiga prolongar um pouco além da fronteira do total vazio de lembrança. Se há função na literatura, não vejo que outra seja mais nobre do que esta”, pode ler-se no literacidades.
Estas recomendações e respetivos textos foram retirados do Instagram Literacidades.
Agora que já conhece as nossas recomendações, prepare bem a sua lista para a Feira do Livro de Lisboa, e porque não descobrir alguns livros sobre desenvolvimento pessoal?
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