Já passou por um pórtico sem identificador e ficou na dúvida sobre como pagar? Veja o que precisa saber para evitar surpresas na estrada.
Se costuma viajar pelas estradas portuguesas, já deve ter passado por uma SCUT. Mas se não conduz com frequência, pode muito bem ter acontecido o seguinte: passou por um pórtico sem identificador e logo surgiu a dúvida – e agora, como pago isto? Se este cenário lhe soa familiar, continue a ler para saber o que acontece quando uma portagem fica por pagar e como pode evitar problemas e coimas.
As conhecidas SCUTs - cujo acrónimo significa “Sem Custos para os Utilizadores” - utilizam um sistema de portagens exclusivamente eletrónico. E o que isto significa? Quando um veículo passa por um pórtico, a matrícula é registada e associada a um pagamento devido. Diferente das autoestradas convencionais, nas SCUTs não há cabines de pagamento, pelo que o condutor terá de pagar posteriormente ou usar um método pré-pago.
Embora o conceito original de SCUTs – autoestradas sem custos para os utilizadores – tenha sido eliminado há alguns anos, as antigas SCUTs mantiveram-se, mas com portagens eletrónicas. Contudo, desde o início de 2025 e com a aprovação da Lei n.º 37/2024, de 7 de agosto, o governo decidiu isentar do pagamento de portagens várias vias consideradas essenciais, especialmente em zonas do interior e em locais sem alternativas viáveis.
As autoestradas que passam a ser totalmente ou parcialmente gratuitas são:
Atenção às exceções!
Apesar da eliminação das portagens em grande parte da A13, há um detalhe importante: o trajeto entre Santarém e a Marateca mantém as portagens, pois pertence a uma concessão gerida pela BRISA.
Se não quer dores de cabeça, a Via Verde é a opção mais prática. Através de um identificador eletrónico no carro, o valor das portagens é debitado automaticamente na sua conta bancária.
Se prefere pagar à medida que usa pode optar pelo pré-pagamento, ao carregar um saldo que será descontado sempre que passar numa portagem eletrónica. O identificador pode ser adquirido nos CTT e recarregado em vários pontos como lojas CTT, agentes Payshop ou, até, por referência Multibanco.
Se passou por uma SCUT sem um dispositivo de pagamento pode regularizar a situação através dos CTT: seja nos balcões, no website ou app.
Pode ainda enviar um SMS para o número 68881 com o texto CTTMBespaçoMatrículaespaçoNIF (por exemplo, CTTMB 00-AA-00 123456789).
Também pode pagar diretamente à concessionária da estrada em questão ou utilizar uma loja Payshop.
Tenha em atenção: em qualquer um dos métodos de pagamento acima, apenas pode proceder ao pagamento das SCUT 48 horas após a passagem pela portagem eletrónica e até um prazo máximo de 15 dias úteis.
Se um carro com matrícula estrangeira circulou numa SCUT sem pagar, a dívida pode ser regularizada através das seguintes opções:
Caso ainda não tenha passado pelos pórticos, mas pretenda evitar problemas, pode optar por um dos seguintes sistemas de pagamento antecipado ou automático:
Se não pagar dentro dos 15 dias úteis, a dívida transita para a plataforma Pagamento de Portagens, na qual vai ter mais 30 dias úteis para a liquidar Alertamos que, se deixar passar este prazo, o caso pode acabar nas Finanças, levar a situações fiscais mais complicadas e a preços muito mais elevados.
As concessionárias aderentes à plataforma Pagamento de Portagens são:
Pode também consultar passagens em pórticos das concessionárias Ascendi, Via Livre e Globalvia.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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