bem-estar

Halloween: descubra as origens e recolha ideias para celebrar em grande

30 out 2024 | 6 min de leitura

O Halloween, ou Dia das Bruxas, pode não ser uma tradição portuguesa, mas tem vindo a conquistar cada vez mais entusiastas. Descubra a origem desta curiosa efeméride, saiba como preparar uma lanterna de abóbora, e anote as ideias de disfarces que temos para si.

História do Halloween: na véspera de Todos os Santos, quem reina são as bruxas

O Halloween é celebrado a 31 de outubro, véspera do Dia de Todos os Santos. O nome tem origem na expressão inglesa “all Hallows’ eve”, que significa precisamente véspera (“eve”) de todos os santos (“all hallows”).

 

Contudo, a celebração que viria a dar origem ao Halloween é anterior a Cristo. Passeie connosco pela cronologia.

 

 

O passado celta

O Halloween tem as suas raízes na celebração celta Samhain, uma prática religiosa pagã que comemorava as colheitas do final do verão e assinalava o início da “metade mais escura do ano”.

 

Durante o Samhain, que durava cerca de três dias e decorria entre o equinócio de outono e o solstício de inverno, os participantes terminavam as suas colheitas e juntavam-se para acender uma fogueira comunitária e cumprir rituais religiosos sob a orientação de druidas.

 

Era um momento importante – e de presença obrigatória. Segundo registos antigos, os celtas acreditavam que faltar às celebrações poderia dar azo a castigos divinos. Talvez porque consideravam que, no período em que ocorria a celebração, as fronteiras entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos estavam diluídas.

 

Com base nessa crença, esperavam a visita dos seus antepassados, mas também de outros seres do Além. Por segurança, deixavam oferendas aos espíritos; e vestiam-se de animais e monstros para os confundir (e, assim, evitar problemas).

 

 

A adaptação cristã

Com o surgimento e disseminação do cristianismo, alguns líderes da religião monoteísta procuraram integrar festas pagãs no seu calendário, atribuindo-lhes um novo significado.

 

No dia 13 de maio de 610, o Papa Bonifácio IV converteu um panteão romano num lugar de culto cristão dedicado à Virgem e aos mártires da Cristandade. A data, até então associada ao festival romano dos mortos, tornou-se assim uma celebração anual católica.

 

Mas o Samhain celta continuou a ser celebrado, sempre na altura do outono.

 

No século IX, o Papa Gregório III alargou o dia dos mártires a todos os santos da Igreja Católica e alterou a data para a que conhecemos hoje: 1 de novembro.

 

Na Inglaterra medieval, a Véspera do Dia de Todos os Santos ganhou a denominação All Hallows’ Eve. A Reforma Protestante do século XVI eliminou o feriado de 1 de novembro naquele país; mas o Halloween continuou a ser comemorado enquanto festa laica.

 

 

Da Europa para os Estados Unidos

Os Estados Unidos da América conheceram o Halloween por via dos imigrantes que foram recebendo, num processo que terá tido o seu auge no século XIX, com a enorme onda de imigração irlandesa.

 

Efetivamente, muitas das práticas que associamos ao Halloween têm origem no folclore irlandês.

 

 

Hoje, o Dia das Bruxas pode ser celebrado de forma mais espiritual ou mais laica, com ou sem disfarces, mas sempre a 31 de outubro.

 

Se quiser juntar-se à festa este ano, tome nota das ideias que temos para si.

 

 

Como fazer uma lanterna de abóbora

Se os irlandeses esculpiam nabos, em alusão à lenda de Stingy Jack, a sua chegada ao território norte-americano levou à introdução da abóbora no imaginário de Halloween.

 

Descubra como pode fazer a sua própria lanterna de abóbora para pôr à porta de casa este outono. Se tiver crianças, faça desta uma atividade de família.

 

 

Material necessário

  • Uma abóbora
  • Uma colher resistente
  • Faca de cozinha
  • Caneta de feltro
  • Recipiente para a polpa.

 

Comece por proteger a mesa ou balcão de cozinha com papel vegetal ou uma toalha já usada. De seguida, corte o topo da abóbora de forma a ficar com uma “tampa”.

 

Retire toda a polpa e sementes com uma colher de sopa (ou de gelado, se tiver). Reserve num recipiente para usar mais tarde.

 

Escolha o melhor lado da abóbora e desenhe uma cara com a caneta de feltro. Agora vem a parte mais importante: use a faca para recortar os olhos, nariz e boca da sua abóbora-lanterna. Depois, deixe-a secar.

 

 

O último passo é colocar uma vela dentro da abóbora (mantendo-a sem “tampa”).

 

Já com a casa iluminada, pode aproveitar para fazer uma sopa ou uma compota de abóbora com a polpa que ficou no recipiente.

 

 

Ideias de disfarces de Halloween

Os disfarces celtas evoluíram até às atuais referências a fantasmas, bruxas, e outros seres sobrenaturais. Deixamos-lhe algumas ideias que pode adotar.

 

 

Esqueleto

Um clássico. Pode comprar um fato já preparado, ou fazer um em casa. Se optar pela segunda hipótese, pode, por exemplo, aproveitar peças de roupa escuras que não queira voltar a usar e pintá-las com tinta branca. Se a tinta brilhar no escuro, melhor ainda!

 

 

Bruxa

Outro disfarce intemporal de Halloween. Pode optar pela versão tradicional, com um vestido comprido, um chapéu pontiagudo, e uma vassoura; ou criar a sua própria versão de uma bruxa ou bruxo. Divirta-se com a maquilhagem, e não descure os acessórios.

 

 

Fantasma

Talvez um dos disfarces mais simples de preparar, mas não por isso menos assustador. Se tem um lençol branco em casa que já precisa de ser reciclado, esta é a sua oportunidade: faça dois cortes para conseguir ver bem, vista o lençol, e faça os seus amigos e familiares saltarem da cadeira.

 

 

Personagem de um filme

O cinema e a televisão podem ser excelentes fontes de inspiração para decidir disfarces. Personagens como Eduardo Mãos de Tesoura, Jack Skellington ou Wednesday Addams são boas apostas para quem quer entrar no espírito do Halloween.

 

O recente regresso de Beetlejuice às salas de cinema também pode abrir portas a disfarces muito divertidos. Lembre-se que não precisa necessariamente de se vestir da personagem principal.

 

 

Personagem de um livro vitoriano

A Era Vitoriana marcou a arte e a literatura ocidentais de forma muito expressiva. A curiosidade britânica pelo terror no século XIX é, ainda hoje, uma inspiração para movimentos góticos, comunidades de leitura outonais (já ouviu falar no victober”?) e, claro, disfarces de Halloween.

 

Personagens como o monstro Frankenstein, o Conde Drácula, Henry Jekyll ou até mesmo Dorian Gray podem ser divertidas de interpretar por uma noite.

 

Escolha o que escolher, e celebrando como quiser celebrar, o que importa é que se divirta. Boas travessuras!

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

O que achou deste artigo?

Queremos continuar a trazer-lhe conteúdos úteis. Diga-nos o que mais gostou.

Agradecemos a sua opinião!

A sua opinião importa. Ajude-nos a melhorar este artigo do Salto.

Salto Santander

Agradecemos o seu contributo!

Informação de tratamento de dados

O Banco Santander Totta, S.A. é o responsável pelo tratamento dos dados pessoais recolhidos.

O Banco pode ser contactado na Rua da Mesquita, 6, Centro Totta, 1070-238 Lisboa.

O Encarregado de Proteção de Dados do Banco poderá ser contactado na referida morada e através do seguinte endereço de correio eletrónico: privacidade@santander.pt.

Os dados pessoais recolhidos neste fluxo destinam-se a ser tratados para a finalidade envio de comunicações comerciais e/ou informativas pelo Santander.

O fundamento jurídico deste tratamento assenta no consentimento.

Os dados pessoais serão conservados durante 5 anos, ou por prazo mais alargado, se tal for exigido por lei ou regulamento ou se a conservação for necessária para acautelar o exercício de direitos, designadamente em sede de eventuais processos judiciais, sendo posteriormente eliminados.

Assiste, ao titular dos dados pessoais, os direitos previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados, nomeadamente o direito de solicitar ao Banco o acesso aos dados pessoais transmitidos e que lhe digam respeito, à sua retificação e, nos casos em que a lei o permita, o direito de se opor ao tratamento, à limitação do tratamento e ao seu apagamento, direitos estes que podem ser exercidos junto do responsável pelo tratamento para os contactos indicados em cima. O titular dos dados goza ainda do direito de retirar o consentimento prestado, sem que tal comprometa a licitude dos tratamentos efetuados até então.

Ao titular dos dados assiste ainda o direito de apresentar reclamações relacionadas com o incumprimento destas obrigações à Comissão Nacional da Proteção de Dados, por correio postal, para a morada Av. D. Carlos I, 134 - 1.º, 1200-651 Lisboa, ou, por correio eletrónico, para geral@cnpd.pt (mais informações em https://www.cnpd.pt/).

Para mais informação pode consultar a nossa política de privacidade (https://www.santander.pt/politica-privacidade).