família

Como se escreve? 10 dúvidas comuns da língua portuguesa

10 jan 2025 | 3 min de leitura

Já ficou na dúvida entre “há” e “à” ou escreveu “bem vindo” sem hífen? Não está sozinho! Vamos esclarecer as dúvidas mais comuns da língua portuguesa.

Quem nunca ficou a pensar se estava a escrever uma palavra corretamente? Ficou a imaginá-la e a escrevê-la no ar com o dedo ou correu para o telemóvel à procura da grafia certa? A língua portuguesa tem algumas armadilhas, mas não se preocupe! Neste artigo, vamos esclarecer algumas das dúvidas mais comuns para que não voltem a causar confusão.

 

 

Bem-vindo ou bem vindo?

A forma correta é "bem-vindo", com hífen, quando usada como saudação ou receção.

 

Exemplo: Bem-vindo à nossa casa! (Saudação).

"Benvindo" (junto) só é correto como nome próprio.

Exemplo: Benvindo Silva é um ótimo professor.

Erro comum: Bem vindo, sem hífen, é uma forma incorreta.

 

 

Há ou à?

Aqui está uma dúvida clássica!

"Há" vem do verbo "haver" e indica algo que aconteceu no passado ou existe.

Exemplo: Há três meses que não te vejo. (Tempo passado)

"À" é uma preposição usada para indicar destino, lugar ou tempo futuro.

Exemplo: Vou à loja comprar pão. (Destino)

 

 

Ás ou às?

"Ás" (com acento agudo) refere-se ao ás de cartas ou a alguém exímio numa atividade.

Exemplo: O Pedro é um ás no futebol.

"Às" (com acento grave) indica tempo ou lugar, sendo uma junção da preposição "a" com o artigo definido "as".

Exemplo: Chegámos às 10h. (Indica tempo)

 

 

Porque ou por que?

"Porque" (junto) é usado em respostas ou explicações.

Exemplo: Não fui ao cinema porque estava cansado.

"Por que" (separado) é usado em perguntas diretas ou indiretas.

Exemplo: Por que não vieste ontem?

 

 

Senão ou se não?

"Senão" significa "caso contrário" ou "exceto".

Exemplo: Estuda, senão vais reprovar! (Caso contrário)

"Se não" é uma expressão condicional, indicando uma hipótese.

Exemplo: Se não te apressares, vais perder o comboio.

 

 

Connosco ou conosco?

A forma correta em português de Portugal é "connosco", com dois "n".

Exemplo: Queres vir connosco ao cinema?

"Conosco" apenas com um “n” é a grafia usada no português do Brasil.

 

 

A fim de ou afim?

"A fim de" é uma locução prepositiva que significa "com o propósito de".

Exemplo: Fui à biblioteca a fim de estudar.

"Afim" é um adjetivo que indica semelhança ou afinidade.

Exemplo: Eles têm interesses afins, como literatura e música.

Dica: se indica propósito, usa "a fim de"; se indica semelhança, usa "afim".

 

 

Ir de encontro ou ir ao encontro de?

"Ir de encontro a" significa chocar, colidir ou contrariar algo ou alguém.

Exemplo: A decisão da empresa foi de encontro às expectativas dos clientes. (Contrariou as expectativas)

"Ir ao encontro de" significa aproximar-se, concordar ou corresponder ao esperado.

Exemplo: As propostas apresentadas foram ao encontro das necessidades da equipa. (Corresponderam ao esperado)

Dica: "De encontro" = colisão/oposição. "Ao encontro" = acordo/alinhamento.

 

 

De mais ou demais?

"De mais" é uma expressão que indica excesso de algo, geralmente com um sentido negativo.

Exemplo: Já tenho de mais para fazer. (Excesso de tarefas. Também funciona se pensar em “demasiado”)

"Demais" é um advérbio de intensidade e significa muito, demais, exagerado.

Exemplo: Gosto demais de chocolate. (Muito, exagerado)

Dica: se quiser indicar excesso, use "de mais"; se for intensidade, use "demais".

 

 

Trás ou traz?

"Trás" (com acento) é um substantivo e significa parte posterior ou parte de trás.

Exemplo: O carro ficou estacionado na parte de trás da casa.

"Traz" (com Z e sem acento) é a forma do verbo "trazer" no presente, na 3ª pessoa do singular.

Exemplo: Ele traz o presente amanhã. (Verbo "trazer")

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

O que achou deste artigo?

Queremos continuar a trazer-lhe conteúdos úteis. Diga-nos o que mais gostou.

Agradecemos a sua opinião!

A sua opinião importa. Ajude-nos a melhorar este artigo do Salto.

Salto Santander

Agradecemos o seu contributo!

Informação de tratamento de dados

O Banco Santander Totta, S.A. é o responsável pelo tratamento dos dados pessoais recolhidos.

O Banco pode ser contactado na Rua da Mesquita, 6, Centro Totta, 1070-238 Lisboa.

O Encarregado de Proteção de Dados do Banco poderá ser contactado na referida morada e através do seguinte endereço de correio eletrónico: privacidade@santander.pt.

Os dados pessoais recolhidos neste fluxo destinam-se a ser tratados para a finalidade envio de comunicações comerciais e/ou informativas pelo Santander.

O fundamento jurídico deste tratamento assenta no consentimento.

Os dados pessoais serão conservados durante 5 anos, ou por prazo mais alargado, se tal for exigido por lei ou regulamento ou se a conservação for necessária para acautelar o exercício de direitos, designadamente em sede de eventuais processos judiciais, sendo posteriormente eliminados.

Assiste, ao titular dos dados pessoais, os direitos previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados, nomeadamente o direito de solicitar ao Banco o acesso aos dados pessoais transmitidos e que lhe digam respeito, à sua retificação e, nos casos em que a lei o permita, o direito de se opor ao tratamento, à limitação do tratamento e ao seu apagamento, direitos estes que podem ser exercidos junto do responsável pelo tratamento para os contactos indicados em cima. O titular dos dados goza ainda do direito de retirar o consentimento prestado, sem que tal comprometa a licitude dos tratamentos efetuados até então.

Ao titular dos dados assiste ainda o direito de apresentar reclamações relacionadas com o incumprimento destas obrigações à Comissão Nacional da Proteção de Dados, por correio postal, para a morada Av. D. Carlos I, 134 - 1.º, 1200-651 Lisboa, ou, por correio eletrónico, para geral@cnpd.pt (mais informações em https://www.cnpd.pt/).

Para mais informação pode consultar a nossa política de privacidade (https://www.santander.pt/politica-privacidade).