O momento da leitura de uma história antes de dormir é muito especial, tanto para as crianças como para os pais ou educadores. Além disso, traz muitos benefícios para a saúde e bem-estar dos mais novos. A pensar nisso, preparámos 5 histórias para ler logo à noite.
A leitura de histórias à noite pode ser um momento muito agradável, tanto para as crianças como para os pais ou educadores. Mas a verdade é que não é apenas uma boa forma de fortalecer laços e de criar boas memórias.
Ler histórias para dormir tem múltiplos benefícios. Além de promover a literacia e de encorajar o hábito de leitura ao longo da vida, ler uma história às crianças todas as noites ajuda-as a dormir melhor. E se há coisa que os pais desejam é que os seus filhos durmam bem toda a noite.
Há estudos que mostram que ler uma história antes de dormir a crianças em idade pré-escolar pode ajudá-las a dormir mais tempo e a ter um sono de qualidade. Adicionalmente, crianças com uma rotina de leitura estabelecida, resistem menos à hora de ir para a cama.
Se ainda não fez da leitura de histórias um hábito das suas noites, talvez esteja na altura de começar. Vai ser bom para todos aí em casa.
Deixamos-lhe 5 pequenas histórias para que possa começar já hoje a criar bons hábitos à hora de deitar.
Era uma vez três porquinhos que viviam em uma linda floresta com a mãe. Quando cresceram, decidiram morar sozinhos e cada um construiu a sua própria casa.
A mãe, preocupada com a segurança dos filhos, alertou-os sobre o lobo mau que vivia na floresta. "Tenham muito cuidado, meus filhos! O lobo mau é traiçoeiro e eu não vou estar lá para vos proteger", disse ela.
Os porquinhos saíram em busca do lugar perfeito para construir as suas casas. O mais novo, que só queria saber de brincar e pular, fez uma casa de penas de galinha bem rapidinho.
O porquinho do meio, que também gostava de brincadeiras, construiu a sua casa com alguns pedaços de madeira e folhas de bananeira.
Já o porquinho mais velho, que era o mais maduro, decidiu seguir o conselho da mãe e construir sua casa de tijolos firmes e fortes. "Assim terei uma casa muito resistente para me proteger do lobo mau", pensou ele.
Um belo dia, quando os três porquinhos estavam a brincar alegremente, o lobo mau apareceu. "Olá, meus porquinhos! Vejo três deliciosos pratos à minha frente", disse o lobo com água na boca. Assustados, os porquinhos correram para as suas casas.
O lobo chegou à casa do porquinho mais novo e disse: "Sai daí, porquinho! Se não saíres, vou destruir a tua casa de penas". E soprou tão forte que a casinha foi pelos ares. O porquinho correu para a casa do irmão do meio, que tinha uma casa de madeira, mas o lobo conseguiu destruir a casa com apenas dois sopros.
Os dois porquinhos mais novos correram apavorados para a casa do irmão mais velho, que tinha construído uma casa de tijolo. O lobo, vendo que os três porquinhos estavam todos juntos, exclamou: "Estou com tanta fome, que vou comer os três porquinhos de uma vez". E soprou com toda a força que tinha, mas a casa de tijolos não se mexeu nem um bocadinho.
O lobo, sem desistir, disse: "Não consegui destruir a casa de tijolos e nem derrubar a porta, mas eu tenho outra ideia... esperem que já vão ver!". E começou a subir o telhado em direção à chaminé. Os porquinhos mais novos ficaram aflitos, mas o mais velho, que era muito esperto, colocou no fogão, por baixo da chaminé, um grande caldeirão de água quente com pimenta do reino.
O lobo, ao entrar pela chaminé, caiu no caldeirão de água quente e queimou o rabo. Ele, então, fugiu o mais rápido que pode para o meio da floresta.
Os dois porquinhos agradeceram ao irmão mais velho e aprenderam a lição. Deste lobo mau, nunca mais se ouviu falar... Até porque, depois de ter queimado o rabo, o coitado nunca mais foi visto naquelas bandas da floresta.
Era uma vez uma pata que estava prestes a tornar-se mamã. Ela pôs 5 ovos e esperou ansiosamente pelo dia que os ovos chocassem para finalmente conhecer os seus lindos patinhos.
Quando o grande dia chegou, os ovos da mamã pata começaram a chocar um por um. A mamã pata deu as boas vindas aos seus novos patinhos com muita alegria. Mas o último ovo estava a demorar mais para chocar e a mamã começou a ficar preocupada.
Finalmente, a casca do último ovo abriu-se e, para surpresa da mamã pata, saiu de lá um patinho muito diferente de todos os seus outros filhos.
- Este patinho feio não pode ser meu! Exclamou a mamã pata.
- Alguém deve estar a brincar com a senhora - disse a pata vizinha.
As semanas foram passando e à medida que os patinhos cresciam, o patinho feio tornava-se cada vez mais diferente dos seus irmãos.
Cansado de ser alvo de comentários maldosos feitos pelos seus irmãos e por todos os outros animais da fazenda, o patinho feio decidiu ir embora.
Mesmo longe da fazenda, o patinho não tinha paz, pois os seus irmãos perseguiam-no por todo o lago gritando:
- És o pato mais feio que nós já vimos!
E, para onde quer que ele fosse, todos os animais que encontrava se metiam com ele.
- O que vou fazer? Para onde vou? - exclamou o patinho feio que estava muito triste.
Com a chegada do inverno, o patinho, cansado e com muita fome encontrou uma casa e pensou:
- Talvez aqui eu encontre alguém que goste de mim! E assim foi.
O patinho passou o inverno dentro de uma casa quentinha e na companhia de outros animais que gostavam dele. Tudo teria corrido bem se não tivesse chegado a primavera e com ela, um gato malvado, que ao enganar os donos da casa, expulsou o patinho dali para fora!
- Mais uma vez estou sozinho e infeliz - Suspirou o patinho feio.
O patinho seguiu o seu caminho e, ao chegar num grande lago, refugiou-se junto ao matagal próximo, ficando ali durante vários dias.
Um dia, muito cedo, o patinho feio foi acordado por vozes de crianças.
- Olha! Um recém-chegado! Gritou uma das crianças. Todas as outras crianças davam gritos de alegria.
- E é tão bonito! Dizia outra.
- Bonito?... De quem estão a falar? - Pensou o patinho feio.
De repente, o patinho feio viu que todos olhavam para ele e, ao ver o seu reflexo na água, deparou-se com um grande e elegante cisne.
- Oh!... Exclamou o patinho admirado. Crianças e outros cisnes admiravam a sua beleza e cumprimentavam-no alegremente.
Afinal, ele não era um patinho feio, mas um belo e jovem cisne!
A partir daquele dia, o patinho feio não se sentiu mais triste, pois sabia que era na realidade um elegante cisne.
Era uma vez uma lebre do bosque que se chamava Rosita. Ela era muito vaidosa. Entre todos os animais do bosque, ela achava-se a mais bonita, a mais esperta e a mais rápida. Além disso, ninguém tinha melhor faro para achar comida do que ela! Numa só palavra, de todos os animais daquele bosque, ninguém era melhor do que ela!
No mesmo bosque vivia uma tartaruga, chamada Dona Lentidão, que todas as manhãs passeava vagarosamente junto à margem do rio. Como a tartaruga, a lebre Rosita também se dirigia todas as manhãs para o rio para tomar o pequeno almoço, encontrando pelo caminho a Dona Lentidão.
Além de ser muito convencida, a lebre Rosita também gostava muito de gozar com os outros, e assim que via a tartaruga, começava logo a rir-se dela, chamando-a de velha, lenta e outros nomes muito piores!
Numa tarde quente de verão em que os animais do bosque estavam todos reunidos debaixo da sombra de uma grande árvore, a lebre resolveu gozar com a Dona Lentidão mais uma vez e desafiou-a para uma corrida.
Ao ouvir, os animais do bosque começaram todos a rir. A raposa Cecília, que muito gostava destas confusões, afirmou que a tartaruga até poderia ganhar à lebre. Tudo dependia da vantagem que se desse à Dona Lentidão na corrida e, sendo assim, até apostaria nela.
Todos os animais do bosque começaram a falar ao mesmo tempo sobre a corrida e, discutiam calorosamente qual a possibilidade da tartaruga Dona Lentidão poder ganhar da lebre Rosita.
A lebre, ao ouvir tais comentários, começou a ficar aborrecida pois achava impossível alguém duvidar das suas capacidades de corredora.
Já que a tartaruga aceitou o desafio, decidiu-se então qual o melhor dia para a corrida e quais as condições, ficando a raposa Cecília responsável por organizar tudo. Ficou decidido que a meta seria junto ao rio, onde todos os animais estariam à espera.
No dia e hora da corrida, a lebre e a tartaruga encontravam-se nos seus lugares: a lebre Rosita muito alegre e confiante da sua vitória e a D. Lentidão com os seus olhos pequeninos e tristes, parecendo mais pesada do que nunca.
Enquanto a lebre começava a corrida na linha de partida, junto à árvore do melro Fortunato, a tartaruga começava mais à frente, quase a meio do caminho, em direção ao rio.
A raposa Cecília deu o sinal de partida e a tartaruga, sem perder tempo começou logo a andar pela encosta abaixo. Mas a Rosita continuava parada, enquanto via D. Lentidão vagarosamente percorrendo o caminho, e gritava: “Não corras tanto velha tartaruga, porque se não vai cair e magoar-te!”.
A lebre decidiu então fazer um pequeno repouso junto à árvore do melro Fortunato, pois a tartaruga ia de tal maneira devagar que a lebre, em duas passadas, a alcançaria rapidamente e conseguiria ganhar a corrida.
Pouco a pouco, a D. Lentidão ia fazendo o seu percurso em direção à meta, já muito cansada, mas sem desistir. Alguns animais da floresta acompanhavam a tartaruga, animando-a com palavras de encorajamento.
Já estava a D. Lentidão quase a chegar à meta quando a lebre Rosita acordou de um salto só, viu a tartaruga ao longe e correu monte abaixo como uma louca. O melro Fortunato só gritava: “Cuidado, Rosita. Assim vais cair!”. Mas Rosita não ouvia o melro e continuava em direção à meta convencida da sua vitória.
Os animais do bosque estavam cada vez mais animados e gritavam uns pela tartaruga, outros pela lebre, mas com a aproximação rápida da lebre, já poucos duvidavam da sorte da tartaruga.
Foi então, muito perto do fim que a D. Lentidão tropeçou numa pedra, deu uma cambalhota e começou a rolar estrada abaixo!
Sem se aperceberem bem do que tinha acontecido, os animais do bosque viram a D. Lentidão a atravessar a linha da meta a rebolar! Era incrível… a tartaruga tinha ganhado a corrida perante o olhar espantado da lebre!
Todos deram vivas à tartaruga, levando-a em ombros enquanto a convencida lebre Rosita fugia para a sua toca, de orelhas baixas e muito envergonhada.
Há muitos anos, num reino encantado, vivia uma jovem princesa chamada Branca de Neve. Ela era conhecida não apenas pela sua beleza exterior, mas principalmente pelo seu coração gentil e amoroso. Todos no reino a adoravam, exceto a sua madrasta, a Rainha Má.
A Rainha Má, obcecada pela própria aparência e vaidade, era tão bela quanto má. No seu espelho mágico, ela fazia a mesma pergunta todos os dias: "Espelho, espelho meu, há alguém mais bela do que eu”?
O espelho, cheio de sabedoria, repetia sempre: “A verdadeira beleza está no coração, por isso, a Branca de Neve é a mais bela de todas.” Essa resposta irritava profundamente a Rainha. Com inveja de Branca de Neve, planeou livrar-se da princesa. Ordenou ao seu fiel caçador que levasse a Branca de Neve para a floresta, com a intenção de nunca mais a ver.
Sozinha na floresta, a Branca de Neve encontrou uma casinha encantadora onde moravam sete simpáticos anões: Feliz, Soneca, Atchim, Mestre, Dengoso, Zangado e Dunga. Apesar de serem muito pequenos, os seus corações eram tão grandes quanto o mundo, e eles receberam-na de braços abertos. Viveram juntos em paz, cuidando uns dos outros, e tornaram-se grandes amigos.
Enquanto isso, a Rainha Má continuou a perguntar ao espelho mágico se ela era a mais bela, e o espelho respondia sempre que a Branca de Neve ainda era a mais bela. E isso deixou-a ainda mais furiosa.
Disfarçando-se de uma senhora gentil, a Rainha preparou uma maçã envenenada e ofereceu-a à princesa. A Branca de Neve, gentil e ingénua, deu uma dentada na maçã e caiu num sono profundo, parecendo estar morta.
Ao verem a Branca de Neve deitada no chão, os sete anões ficaram desesperados, acreditando terem perdido a sua amiga para sempre. Então, um milagre aconteceu!
Um príncipe corajoso, que ouvira falar da princesa desaparecida, apareceu na floresta. Ao ver a Branca de Neve deitada e os anões a chorar à sua volta, ficou profundamente comovido com a cena e deu um suave beijo na face da princesa. Para grande surpresa de todos, o beijo quebrou o feitiço e a Branca de Neve acordou com um sorriso.
A Rainha Má, por outro lado, não escapou da justiça e foi banida do reino. Com o tempo, ela também percebeu que a beleza interior de Branca de Neve era mais importante do que a aparência física, e, no fim, redimiu-se e deixou a sua inveja.
A Branca de Neve e o príncipe acabaram por se apaixonar e o reino celebrou não apenas o seu casamento, mas também a lição de que a verdadeira beleza reside no coração de cada um. E assim, Branca de Neve e os sete anões viveram felizes para sempre.
Numa encantadora manhã de outono, no coração de uma floresta, uma esperta raposa de pelo avermelhado passeava em busca de algo para comer. De repente, o seu faro aguçado captou um aroma delicioso no ar.
Faminta e curiosa, a sua atenção foi atraída por um vislumbre de cores numa videira próxima. Ao aproximar-se, a raposa descobriu um magnífico cacho de uvas maduras e suculentas. Salivando, decidiu que aquelas uvas eram tudo de que ela precisava.
Porém, a raposa não prestou atenção na altura desafiante dos ramos. Com agilidade e destreza, ela saltou, tentando alcançar as apetitosas uvas. Determinada e sob o olhar atento dos outros animais, procurou por vários métodos engenhosos para as apanhar. No entanto, por mais que se esforçasse ao estender as patas elegantes, a cada salto as uvas pareciam afastar-se ainda mais.
Após várias tentativas malsucedidas, a frustração da raposa começou a transformar-se em descontentamento. Tentando disfarçar a derrota, exclamou bem alto: "Estas uvas não devem estar maduras o suficiente. Certamente estão azedas e não valem a pena!"
Os outros animais da floresta que observavam a cena perceberam a intenção da raposa e a sua tentativa de esconder o fracasso.
Uma sábia coruja, que acompanhava tudo de longe, aproximou-se da raposa e disse: "Minha amiga, não é sábio menosprezar aquilo que está fora do nosso alcance. Talvez, em vez de desdenhares das uvas, devas reconhecer que nem sempre conseguimos ter tudo o que desejamos."
A raposa aprendeu uma valiosa lição naquele dia. Com humildade, reconheceu que a amargura não estava nas uvas, mas na sua própria atitude, e que a verdadeira doçura muitas vezes reside na aceitação e na gratidão pelo que temos.
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